O fenômeno das pessoas em situação de rua não é mais uma questão restrita a regiões de extrema pobreza. Nos últimos anos, países desenvolvidos também passaram a enfrentar um crescimento expressivo da população sem moradia fixa, tornando-se um problema global que afeta trabalhadores, desempregados e famílias inteiras. Na Europa, onde o custo de vida aumentou drasticamente, muitos trabalhadores estão sendo forçados a morar em barracas montadas em espaços públicos ou dentro de veículos, como vans e motorhomes. Em países como Alemanha, Bélgica, Portugal e Inglaterra, não são apenas desempregados que enfrentam essa realidade, mas também aqueles que possuem emprego, mas não conseguem arcar com o valor do aluguel. Nos EUA, a inflação tem sido um dos principais fatores que impulsionam o crescimento da população sem moradia. Cidades como Los Angeles, Nova York e San Francisco têm registrado um aumento significativo de pessoas vivendo em tendas ou em veículos adaptados, resultado da escalada dos preços dos aluguéis e da falta de políticas habitacionais eficientes. A crise econômica gerada pelo aumento do custo de vida tem levado muitas famílias à ruína financeira, e especialistas alertam para uma possível pré-recessão que pode agravar ainda mais o problema.
No Brasil, a realidade dos moradores de rua é distinta, mas igualmente alarmante. Diferentemente do que ocorre na Europa, onde muitos são trabalhadores que não conseguem manter um imóvel, no país a maioria das pessoas em situação de rua não possui uma renda fixa. O desemprego, o endividamento e a falta de suporte social empurram milhares de brasileiros para uma vida de extrema vulnerabilidade. Nos grandes centros urbanos, é comum ver praças e viadutos ocupados por famílias inteiras que perderam suas moradias.
A chamada "epidemia" de sem-teto expõe não apenas desigualdades econômicas, mas também falhas estruturais em políticas habitacionais e sociais. A falta de moradias acessíveis, somada a condições de trabalho precarizadas, tem levado a um cenário no qual ter um emprego não garante mais um teto. A solução passa por iniciativas governamentais mais efetivas, como subsídios habitacionais, regulação dos preços de aluguéis e programas de reinserção social. Enquanto isso não ocorre, o mundo assiste ao crescimento de uma crise que não escolhe classe social, nacionalidade ou condição de trabalho.
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