INQUÉRITO DO GOLPE

Moraes envia denúncia ao STF, que decidirá se Bolsonaro vira réu

Por Ana Pompeu | da Folhapress
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Agência Brasil
Caberá agora ao presidente do colegiado, ministro Cristiano Zanin, definir a data para o julgamento do recebimento da acusação.
Caberá agora ao presidente do colegiado, ministro Cristiano Zanin, definir a data para o julgamento do recebimento da acusação.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), enviou nesta quinta-feira (13) a denúncia da investigação sobre tentativa de golpe de Estado à Primeira Turma da corte.

Leia mais: PGR rejeita argumentos de defesa de Bolsonaro e aliados

Caberá agora ao presidente do colegiado, ministro Cristiano Zanin, definir a data para o julgamento do recebimento da acusação que poderá tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) réu.

O pedido ao presidente do colegiado é referente ao chamado núcleo 1 da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), que inclui o ex-presidente, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira, e Walter Braga Netto.

Ainda nesta quinta, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou em resposta às defesas prévias de denunciados sob a acusação de tentativa de golpe de Estado. Os acusados alegavam que o julgamento não caberia ao Supremo.

Gonet afirmou que a nova tese definida pelo STF que amplia o foro especial de autoridades garante que cabe à corte o julgamento da trama golpista de 2022.

O PGR defende que seja aceita a denúncia contra Boilsonaro e outros sete acusados pelo "núcleo crucial" da trama golpista e que eles se tornem réus pelo STF.

"A tese fixada --que já contava com o voto da maioria dos ministros da corte desde o ano passado-- torna superada a alegação de incompetência trazida pelos denunciados. Na espécie, autoridades com prerrogativa de foro (presidente da República e ministros de Estado) praticaram os crimes quando ainda se encontravam no exercício de seus cargos, e em razão deles, justamente com o intuito de se alongarem no poder", diz Gonet.

A nova tese sobre foro especial foi definida pelo Supremo em julgamento encerrado na terça-feira (11). Por 7 votos a 4, os ministros decidiram que autoridades que cometeram crimes devem ser processadas na corte mesmo após deixarem os cargos.

Comentários

1 Comentários

  • jaques campos 2 dias atrás
    A Justiça cumpre o seu papel, porque temos agora instituições funcionais e livres das peias em que houvera presas. O julgamento devera ser celere, conforme requerem as circunstâncias. Os crimes são gravissimos e todos esperam que as penas serão proporcionais.