Na última quinta-feira (06), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva estabelecendo uma Reserva Estratégica de Bitcoin, marcando uma mudança significativa na política financeira do país. Essa iniciativa visa consolidar o Bitcoin como um ativo estratégico nacional, reforçando a posição dos EUA no cenário das criptomoedas.

Como vai funcionar?
A reserva será inicialmente financiada com Bitcoins confiscados pelo governo em processos criminais ou civis, totalizando aproximadamente 200.000 BTC, equivalentes a cerca de US$ 17,7 bilhões. David Sacks, responsável pela política de criptomoedas e inteligência artificial na Casa Branca, comparou a reserva a um "Fort Knox digital", enfatizando que os Bitcoins nela contidos não serão vendidos, mas mantidos como reserva de valor a longo prazo.
Além disso, a ordem executiva estabelece um Estoque de Ativos Digitais dos EUA, destinado a outras criptomoedas confiscadas, que serão geridas pelo Departamento do Tesouro. Esse movimento é visto como um passo estratégico para posicionar os EUA como líderes globais no mercado de criptomoedas, incentivando a adoção e a regulamentação adequada desses ativos.

Como isso impacta os investidores?
Com a criação da Reserva Estratégica de Bitcoin, houve inicialmente uma queda no preço da criptomoeda, atribuída por especialistas à decepção dos investidores que esperavam compras governamentais adicionais do ativo. No entanto, estima-se uma estabilização do mercado, sugerindo uma assimilação positiva da notícia a longo prazo.

Críticas do Mercado e Segurança
As principais ressalvas estão relacionadas à volatilidade do ativo, ao impacto em crimes cibernéticos e lavagem de dinheiro, além de questões de segurança e falta de regulamentação clara. Já se sabe que a estrutura atual da blockchain e o caráter descentralizado de algumas exchanges têm favorecido criminosos e aumentado a sensação de impunidade.
Contudo, algumas medidas preventivas podem ser adotadas pelos investidores para aumentar a segurança de suas carteiras, entre elas:

1. Utilizar uma wallet/exchange com sede no Brasil e centralizada.
2. Não armazenar seus ativos exclusivamente em meios digitais. Recomenda-se o uso de tokens físicos que removem os ativos da rede, impedindo acessos remotos ou virtuais.
3. Manter seus dispositivos seguros, utilizando bons sistemas de segurança/antivírus e tomando cuidado com furtos de celular.

Em caso de violação da sua carteira, registre um boletim de ocorrência e procure um profissional de sua confiança para receber as orientações adequadas.