
Vereadores de oposição vão cobrar explicações do governo municipal após uma denúncia da vereadora Estela Almagro (PT) de que a administração não havia assinado até a semana passada um aditivo contratual com a Transurb, concessionária do transporte coletivo, que estendia por mais seis meses a autorização para que o governo subsidiasse a tarifa da chamada Circular.
A petista havia formalizado na semana passada, através da Comissão Interpartidária, um pedido para que o governo enviasse o contrato com a concessionária após receber informações de que a negociação não havia sido formalizada mesmo três meses após a aprovação legislativa da extensão do subsídio.
Em nota, a Prefeitura de Bauru afirmou que "o contrato foi devidamente assinado, e a publicação do mesmo configura apenas uma formalidade para a conclusão do processo".
O requerimento foi protocolado na sexta-feira, mas acabou indeferido pelo presidente Markinho Souza (MDB). Ele alegou que o regimento interno impõe limite de cinco requerimentos por semana a cada vereador e que a cota de Estela já havia sido excedida.
Ocorre, porém, que requerimentos de comissões não entravam nesta conta até a ano passado - cada colegiado tinha caminho livre para pedir informações.
Na legislatura anterior, por exemplo, a Comissão de Fiscalização e Controle, da qual Estela era presidente, formalizou 37 requerimentos enquanto colegiado, 19 dos quais autorizados pelo próprio Markinho quando ocupou a presidência no biênio 2021-2022.
No sábado (22), aliás, a prefeitura enfim publicou em Diário Oficial (DO) o extrato do contrato com a Transurb - com data de novembro do ano passado. "Nós sabíamos que era inequívoca a vontade da outra parte do contrato [prefeitura] de criar problemas para ser assinado", disparou Estela.