
As intensas chuvas que têm caído sobre Bauru neste e no último mês desafiam equipes de zeladoria da Prefeitura de Bauru, que têm de lidar com problemas como mato alto ou queda de árvores com equipe defasada - o que gerou, inclusive, apelo por novas contratações.
Não são poucas as reclamações encaminhadas por leitores ao JC sobre problemas em vias públicas, praças ou terrenos nesta época. Na prefeitura não é diferente, disse à reportagem nesta quinta-feira (6) o secretário Nilson Ghirardello (Meio Ambiente). "O período de chuva, sem dúvida nenhuma, é o mais crítico para nós", admite.
Por isso mesmo é que os trabalhos nas ruas não são restritos a uma só secretaria. "Na Semma trabalhamos com poda e eventualmente supressão de árvores. Já a questão de mato, por exemplo, cabe à Sear [Secretaria das Administrações Regionais]. É uma iniciativa integrada", explica.
Também entra nessa atuação multidisciplinar a própria Secretaria de Saúde através da fiscalização sobre focos de animais peçonhentos, por exemplo, e terrenos abandonados.
No caso da Semma a maior quantidade de chamados envolve quedas de árvore. "E não tem hora para acontecer. Pode ser à luz do dia ou pela madrugada. E aí precisamos ficar de sobreaviso", pontua. "Hoje [ontem] mesmo houve uma árvore caiu na Nossa Senhora de Fátima", acrescenta.
Não há uma região com maior incidência de casos, diz Ghirardello, mas locais com arborização mais antiga costumam liderar ocorrências. "Essa é uma questão importante porque algumas árvores estão muito velhas. E isso envolve um levantamento técnico. Algumas têm de ser suprimidas; outras, podadas", diz.
O secretário diz que a pasta tem focado agora no manejo das espécies no perímetro urbano - algo a que, segundo ele, nunca foi dada a devida atenção.
"Temos, por exemplo, várias sibipirunas em determinadas regiões da cidade. É uma árvore linda, mas que não é muito adequada para calçadas em função, entre outras coisas, de suas próprias raízes", argumenta. "Espécies menores são melhores nesse aspecto e coloca as pessoas em menor risco".
De qualquer forma, o período chuvoso evidencia também a defasagem sobre as equipes de fiscalização das pastas.
"Às vezes uma árvore cai de madrugada, equipes se direcionam ao local e somente amontoam os galhos e tronco para depois retirar com caminhão. Mas ao menos liberou o tráfego, que é o mais importante, antes de terminar os trabalhos", diz o secretário.
"O ideal seria fazer isso no mesmo momento. Mas isso depende de equipamentos, de pessoal. Nem sempre conseguimos", explica.
Segundo ele, já houve solicitação para ampliação do quadro - medida ainda sob análise do governo. "Mas avaliamos também a possibilidade de terceirizar alguns serviços. Isso depende de custo, mas é uma alternativa. É uma secretaria bastante grande, afinal", pondera.