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Google usará IA e perguntas por voz para tornar busca interativa

Por Pedro S. Teixeira |
| Tempo de leitura: 3 min
Dado Ruvic/Reuters
De acordo com empresa, 1 bilhão de pessoas no mundo já usam resumos de inteligência artificial nas pesquisas
De acordo com empresa, 1 bilhão de pessoas no mundo já usam resumos de inteligência artificial nas pesquisas

O Google deu mais um passo na reformulação das buscas com o uso de inteligência artificial. A big tech anunciou este mês que, a partir de 2025, o usuário poderá fazer perguntas por voz e interagir com o resultado do buscador, fazendo novas questões. As respostas serão geradas pelo novo e mais potente modelo de IA do gigante da tecnologia, o Gemini 2.0.

A promessa alteraria de forma substancial o funcionamento dos resumos de IA entregues pelo buscador, uma vez que usuário poderia tirar suas dúvidas com o próprio chatbot - hoje, é possível apenas avaliar se a resposta foi satisfatória ou não.

Embora vise a facilitar a pesquisa do usuário por informações relevantes, a nova ferramenta pode comprometer a produção de conteúdo inédito e baseado em fatos. Isso porque a plataforma tende a diminuir as chances de o leitor clicar em links da internet, de acordo com pesquisadores ouvidos pela reportagem.

Assim, os veículos jornalísticos e os criadores de conteúdo perderiam tráfego hoje oriundo do buscador para o Google, o que poderia comprometer a renda publicitária desses sites.

"Há uma preocupação de que isso crie uma espécie de monocultura na rede: a empresa não seria mais só um buscador, que envia tráfego e cliques para outros lugares, mas o destino final e único de todas as buscas por informação, que passam a ser alimentadas pelo próprio site", disse o cientista-chefe do Instituto Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, Ronaldo Lemos.

Questionado sobre o risco de o conteúdo da internet piorar, o CEO do Google, Sundar Pichai, disse, em entrevista ao New York Times transmitida na último dia 5, que os buscadores atuais fazem coisas inimagináveis há 25 anos. "Se a internet estiver inundada de conteúdo de baixa qualidade, um buscador de ponta será ainda mais crucial para encontrar o que é relevante."

Segundo carta assinada por Pichai, o usuário poderá, sem sair do buscador, resolver equações matemáticas complexas e desenvolver programas de computador. Os primeiros testadores terão acesso ao recurso já este mês. O lançamento global está programado para 2025.

O avanço nas buscas, além de mudanças na interface, teria a ver com o anúncio do novo modelo de inteligência artificial do gigante da tecnologia, o Gemini 2.0.

Avanços

O Google diz ter conseguido avanços em como a IA compreende e gera imagens, permitindo que a pessoa se comunique com a ferramenta em tempo real, inclusive apresentando fotos e vídeos ao vivo.

O chamado Projeto Astra agiria como um agente autônomo e seria capaz de fazer buscas e compras, além de usar os apps Google Lens e Google Maps pelo usuário. Esse nível de interatividade, contudo, ainda não tem data de lançamento marcada.

A empresa também trabalha em um agente autônomo que pode usar um computador de maneira independente e outro que desenvolve códigos, com base nas documentações do usuário.

Acesso aos serviços

As primeiras pistas das melhorias citadas pelo Google estão disponíveis no chatbot Gemini. Usuários da versão gratuita terão acesso a uma versão mais rápida e precisa da IA, o Gemini 2.0 Flash.

Os assinantes do serviço Google One, que oferece mais espaço no drive, ferramentas de edição de documentos e acesso ao melhorado Gemini Advanced por R$ 96,99 mensais, terão acesso também a função deep research da IA.

Nesse modo, o modelo trata o comando inicial como uma premissa e faz uma série de perguntas para resolver a questão, formulando um plano de ação. Esse passo a passo é apresentado ao usuário que aprova ou não a abordagem antes de receber o resultado final.

As primeiras pistas das melhorias citadas pelo Google estãodisponíveis no chatbot Gemini. Usuários da versão gratuita terão acesso a uma versão mais rápida e precisa da IA, o Gemini 2.0 Flash.

Os assinantes do serviço Google One, que oferece mais espaço no drive, ferramentas de edição de documentos e acesso ao melhorado Gemini Advanced por R$ 96,99 mensais, terão acesso também a função deep research da IA.

Nesse modo, o modelo trata o comando inicial como uma premissa e faz uma série de perguntas para resolver a questão, formulando um plano de ação. Esse passo a passo é apresentado ao usuário que aprova ou não a abordagem antes de receber o resultado final.

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