Promessa de campanha da prefeita reeleita Suéllen Rosim (PSD), a transferência da Prefeitura de Bauru para a Estação Ferroviária deve acontecer até 2027, garantiu a mandatária na manhã desta quarta-feira (30).
A garantia de Suéllen sobre o prédio da Estação foi selada em declaração proferida durante entrevista ao programa Cidade 360.º, uma parceria entre o JC e a 96FM, ao responder a uma pergunta enviada por Walace Sampaio, presidente do Sindicato do Comércio Varejista. "Não foi [apenas] uma promessa, é um projeto de governo. A gente sabe das complexidades... a Estação ficou para o segundo mandato", afirmou a prefeita.
A ideia envolve levar o efetivo do Palácio das Cerejeiras e também, como definiu Suéllen, secretarias estratégicas à Estação.
"Essa primeira etapa é definir quais secretarias e quantos servidores serão realocados. O próximo, definir o modelo de contratação para revitalizar o prédio, que é tombado", disse a mandatária.
"Vai ser uma obra difícil, mas absolutamente possível. O prédio está pronto, equipes têm o visitado com frequência. Em 2025 vamos definir a modelagem e iniciar a contratação", acrescentou.
A previsão do governo é de que o prédio permaneça em obras entre 2026 e 2027, data final para ser entregue como nova sede da prefeitura. "É um cronograma absolutamente possível", repetiu.
De acordo com a prefeita, a iniciativa é parte de um projeto de revitalização do Centro - "que sofre em Bauru como em vários outros municípios pelo Brasil", disse -, o que inclui também as polêmicas obras na Praça Rui Barbosa e no Calçadão da rua Batista de Carvalho.
No caso da primeira, a Rui Barbosa, a discussão se volta à ausência de deliberação dos conselhos municipais, órgãos de controle social, a respeito do projeto de revitalização da praça. Já com relação ao Calçadão o impasse se arrasta desde o início do ano - a obra atrasou mais do que o previsto.
Empréstimo?
Suéllen admitiu durante a entrevista que avalia junto aos integrantes de governo a possibilidade de pedir à Câmara autorização para contrair empréstimo de R$ 50 milhões para despesas com pavimentação, infraestrutura e mobilidade. Disse, porém, que esta seria "a terceira opção".
"Estamos levantando os projetos que temos de duplicação de avenidas, como a Nuno de Assis com a Daniel Pacífico, além de questões estruturais ao Jardim Manchester ou Quinta da Bela Olinda. Estamos discutindo a possibilidade de conseguir recursos no Governo do Estado ou no Federal. A terceira opção é o empréstimo", afirmou.
Monitoramento
Também promessa de Suéllen, mas ainda para este ano, a licitação para a contratação de quatro mil câmeras de videomonitoramento está prevista para sair já neste mês de novembro, afirmou a prefeita.
"As câmeras serão instaladas em mais de 200 pontos da cidade. Isso inclui unidades de saúde, escolas, avenidas, parques e praças, o Zoológico, o Calçadão, entre outros", disse a mandatária. A declaração da prefeita sobre o tema vem duas semanas depois de o JC perguntar à administração, que não ofereceu nenhuma resposta, sobre em que pé se encontra o procedimento desta contratação.
Em setembro, o governo disse que ainda cotava preços com fornecedores para preparar o edital, situação em que o processo ainda se encontra segundo Suéllen.
Mobilidade
A prefeita disse também que está em tratativas com a iniciativa privada para negociar uma passagem que liga um trecho próximo à Polícia Federal, na avenida Getúlio Vargas, com a rua Chaim Mauad, na região do Bauru Shopping.
O trecho já é utilizado informalmente, mas não tem a mínima infraestrutura ou mesmo regulamentação como via pública. Suéllen descarta desapropriar a área e diz que negocia uma possível doação com a iniciativa privada - proprietários de terrenos naquela região, afinal, seriam beneficiados com a transformação do acesso em rua.