BAURU

Denúncias vieram de todo País, afirma ouvidor das polícias

Por André Fleury Moraes | da Redação
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André Fleury Moraes
Ouvidor das Polícias do Estado, Cláudio Aparecido da Silva, durante entrevista no auditório da OAB Bauru
Ouvidor das Polícias do Estado, Cláudio Aparecido da Silva, durante entrevista no auditório da OAB Bauru

Ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo, Cláudio Aparecido da Silva afirmou nesta quarta-feira (23) em Bauru que denúncias sobre a operação que terminou com a morte de dois jovens e a invasão do velório de um deles no dia seguinte vieram de todo o País, de Sul a Norte.

O caso aconteceu em Bauru na semana passada e, segundo o ouvidor, pode ter desdobramentos inclusive na esfera internacional, em cortes que tratam de direitos humanos a exemplo da Corte Interamericana.

Cláudio esteve em Bauru nesta quarta e apura as circunstâncias da ocorrência. Pela manhã ele conversou com o coronel Hudson Covolan, do Comando de Policiamento do Interior 4 (CPI-4), para depois almoçar com lideranças de direitos humanos no município. Dedicou a tarde para ouvir familiares dos dois jovens mortos.

O ouvidor disse ser caótica a situação na periferia da cidade e contestou a atuação da polícia. "Isso é incabível. O papel da polícia é proteger as pessoas, e não promover a desordem ou deixar as pessoas em pânico", pontuou. Segundo ele, órgãos de controle externo, como a Corregedoria e o próprio Ministério Público (MP), serão acionados para investigar o caso. "Eu também devo procurar o comandante-geral da PM para discutir o Baep e sua atuação nas comunidades", pontuou.

Cláudio chamou de absurdo o conflito ocorrido no velório de um dos jovens. "É um momento fúnebre que deve ser carregado de paz e tranquilidade", lembrou.

De acordo com o ouvidor, o coronel Covolan também condenou as atitudes no velório como inaceitável e disse ter instaurado um inquérito policial militar para apurar o caso. "É um procedimento rigoroso de apuração, vez que o próprio Ministério Público acompanha isso", reiterou.

Cláudio deve elaborar um relatório e disparar às autoridades competentes dentro de alguns dias. Mas pode voltar a Bauru para acompanhar o caso, disse à imprensa nesta quarta-feira.

A visita do ouvidor e a instauração de inquérito pelo CPI-4 vem na esteira da morte de dois jovens na noite da última quinta no Jardim Vitória, em Bauru. A polícia diz que eles estavam armados e com grande quantidade de entorpecentes, versão que a família contesta.

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