O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prevê o preenchimento de 57,8 mil vagas por meio de concurso público em 2025. Os postos são destinados aos poderes Executivos, Legislativo e Judiciário, e englobam a contratação de servidores em seleções já em andamento, além da abertura de novos concursos.
As chances estão no Projeto de Lei do Orçamento (Ploa) de 2025 enviado para o Congresso na segunda-feira (2). A peça orçamentária prevê a destinação de R$ 2,1 bilhões para as seleções do Executivo federal, que tem ao todo 53.599 vagas previstas.
Para os demais poderes, a previsão é de 3.524 cargos no Judiciário, 416 no Legislativo, 232 no Ministério Público Federal e no Conselho Nacional do Ministério Público, e 43 na DPU (Defensoria Pública da União), tratada como um poder à parte no Orçamento.
Segundo o MGI (Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos), nas vagas do Executivo devem ser computados os postos de concursos em andamento, como é o caso do CNU (Concurso Nacional Unificado) e das 810 aprovadas para contração no Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e no ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
A peça orçamentária prevê ainda a criação de novos postos, que somam 5.952. Tratam-se de possíveis novas autorizações que ainda estão em análise pelo MGI, segundo o ministério. Com isso, ao todo, há a possibilidade de contratação de ao menos 63.766 servidores em 2025.
O total de vagas para o Executivo inclui ainda o efetivo militar e das polícias civil e militar custeadas pelo fundo constitucional do Distrito Federal, além vagas para compor o banco de professores das universidades públicas, que somam, ao todo, 46.882.
CNU deve ser repetido
O governo pretende fazer uma nova edição do CNU em 2025, conforme a Folha de S.Paulo adiantou. Maior concurso da história do país, a seleção teve mais de 2,1 milhões de pessoas inscritas as 6.640 vagas, mas apenas 970 mil participaram das provas, realizadas em 18 de agosto.
A logística de aplicação do exame envolveu mais de 200 mil servidores, com provas realizadas em 228 cidades, incluindo todas as capitais. Ao todo, foram 3.647 locais de aplicação e 72.041 salas.
O CNU terá uma lista de espera de 13 mil pessoas, o dobro do número de vagas. O objetivo é contratar os servidores para as áreas às quais foram aprovados à medida que cargos ficarem vagos. A previsão é que 70 mil funcionários públicos se aposentem até 2026.
O concurso estava previsto para 5 de maio, mas foi adiado por causa das chuvas no Rio Grande do Sul, que destruiu diversos municípios. A próxima etapa da seleção é a divulgação dos cartões de resposta, em 10 de setembro, e a convocação para as provas de títulos. O resultado final sai em 21 de novembro.