VIVER BEM

Livre das crises de espirros

Da roupa guardada a bichos de pelúcia, muitos itens de casa despertam as alergias

Por Isa Morena Vista | 19/05/2024 | Tempo de leitura: 3 min

Reprodução

A casa é o lugar que mais faz as pessoas espirrarem (42%)
A casa é o lugar que mais faz as pessoas espirrarem (42%)

As alergias não escolhem hora e nem lugar para atacar. O outono traz também as mudanças bruscas de temperatura - tanto para o frio, quanto para o calor -, o que acaba resultando em mais gatilhos para alergias. No entanto, existem alguns cuidados que podem ser tomados para evitar que isso aconteça dentro da sua própria casa.

É justamente no conforto do nosso lar, onde pensamos estar protegidos, que há mais elementos capazes de desencadear uma crise de espirros, segundo pesquisa britânica.

O estudo, feito com 2 mil britânicos pela Sterimar, uma empresa de produtos para pessoas alérgicas, descobriu que a casa é o lugar que mais faz as pessoas espirrarem (42%), seguida do jardim (28%) e da cama (23%).

O otorrinolaringologista Carlos Feier, professor titular de otorrinolaringologia na Unigranrio, destaca a importância de se manter um lar organizado e limpo para fugir das alergias: "A casa é nosso templo. No quarto, por exemplo, passamos no mínimo oito horas por dia."

O levantamento britânico mostrou que 84% das pessoas pensam que esses espirros surgem do nada. No entanto, não é bem "do nada". Há muitos itens dentro de casa que são gatilhos para esses espirros.

CUIDADOS

Para começar, tudo pode acumular poeira. Por isso, de acordo com o otorrinolaringologista, o melhor é optar por ambientes com menos objetos, e tirar o pó com um pano úmido dos móveis com frequência para evitar acúmulo.

A casa deve ser mantida arejada a fim de evitar a umidade e a formação de mofo, o que também contribui para a irritação das vias aéreas.

Para os amantes de tapetes, cortinas e carpetes, a notícia não é muito boa: eles também acumulam muita poeira, o que pode ser um gatilho para uma sucessão de espirros. Os quartos das crianças, com seus amados bichinhos de pelúcia, podem acabar virando um ambiente hostil pelo mesmo motivo.

De acordo com Feier, o ideal seria evitar os itens, caso a alergia seja muito forte, ou limpá-los constantemente, se não conseguir viver sem.

DICAS

Manter tudo o mais simples e clean possível ajuda.

Roupas de cama, como cobertores e lençóis, além de travesseiros, devem ser lavados e trocados com regularidade, mantendo-os sempre limpos.

As roupas do dia a dia também merecem atenção. O otorrinolaringologista assinala que as roupas de algodão são as mais recomendadas para os alérgicos, já que é uma fibra natural e costuma absorver melhor a umidade, deixando a pele "respirar".

Além disso, é preciso ter cuidado com as peças que ficam no armário, sempre fazendo o possível para manter o móvel limpo e arejado. Lavar antes de usar algo que ficou muito tempo guardado também pode evitar novos gatilhos.

Embora a palavra chave seja limpeza, isso não significa ambientes super perfumados. Velas e sprays aromatizadores, por exemplo, devem ser evitados, pois o perfume forte pode ser irritante e provocar espirros.

POEIRA E AR SECO

Para quem tem carro, um dos principais cuidados descritos pelo médico - além de limpar com frequência o seu interior, não só o exterior - é evitar fumar dentro do veículo. A fumaça acaba ficando retida, o que leva ao acúmulo das substâncias contidas dentro do cigarro. Parte destes elementos, como a acroleína, afetam diretamente a mucosa do aparelho respiratório e podem provocar gatilhos para aqueles que possuem alergias.

RINITE E SINUSITE

Além das mudanças de temperatura, o outono tem outras particularidades, como baixa umidade do ar, maior concentração de poeira, poluentes e pólen no ar. Tudo isso gera um ambiente quase perfeito para o aumento de doenças respiratórias.

Duas doenças alérgicas que costumam atacar ainda mais são a rinite e a sinusite, ambas caracterizadas pela inflamação das vias aéreas.

O tratamento das condições de origem alérgica inclui o uso de medicamentos antialérgicos, corticoides nasais e lavagem nasal com soro.

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