ANIVERSÁRIO

‘Seja como for’: torcida Fiel Macabra completa 31 anos

A Fiel Macabra tomou grandes proporções e está presente em todos os jogos do Corinthians ininterruptamente desde o ano de 1998, tendo pelo menos um representante em cada partida

Por Douglas Willian | 13/04/2024 | Tempo de leitura: 4 min

Douglas Willian

Fiel Macabra
Fiel Macabra

Um grupo de amigos corintianos costumava se reunir no antigo Skinão da avenida Rodrigues Alves, em Bauru. Eles sonhavam em constituir uma torcida organizada em prol do Corinthians. No início, apenas se organizavam para assistir aos jogos em excursões que partiam da tradicional lanchonete em que se reuniam. O grupo mantinha as reuniões semanais aos sábados, no Skinão. Até que no dia 10/04/1993 resolveram criar a Torcida Fiel Macabra. O nome se da por um membro da diretoria Carlos Russo ser amante de rock, em uma capa de seus discos de vinil havia uma caveira, que chamou a atenção do grupo e recebeu o nome de "macabro". Hoje, portanto, se completam 31 anos de muita história.

Após esse fato, chegou-se ao consenso de que a torcida se chamaria Fiel Macabra. O primeiro presidente escolhido por decisão unânime dos amigos foi Carlos Russo. Anderson, um dos fundadores, pontua que na ocasião os integrantes não pensaram duas vezes em escolher o presidente. "Desde o começo foi o Carlão, ele era o mais preparado do grupo, era professor de inglês, falava espanhol e estava aprendendo a falar russo, tinha uma loja de roupa na cidade, fazia faculdade, era um cara bem à frente na nossa época''.

A diretoria da torcida, inicialmente, era composta pelo presidente e dois vices, sem estatuto desenvolvido e tudo era resolvido na base da reunião. No ano seguinte, o grupo foi se expandindo. No decorrer dos meses, os fundadores da agremiação foram designando funções para os integrantes.

Foi aí que a história de Givanildo Silva e Sidnei Clementino se interligou à da torcida. Tudo começou com a vontade de um menino de ir ao estádio torcer pelo Corinthians. Sidnei já estava desde o início, mas começou a atuar de forma mais ativa na torcida. No ano de 1994, o então garoto começou a frequentar as "excursões" feitas pela torcida e desde então não parou de frequentar as reuniões, se envolvendo realmente com a agremiação. "Minha vontade de ir ao um jogo era tão grande que até briguei com os meus pais. Para ir ao estádio, peguei um ônibus e desci lá na Rodrigues, no antigo Skinão, só que chegando lá o antigo dono disse que já haviam partido sentido Maracanã, mas o dono disse que eles se reuniam na lanchonete todos os sábados. Na semana seguinte, lá estava eu para ir assistir a um jogo do Corinthians. Meu primeiro jogo foi logo um clássico. Corinthians e Palmeiras, nunca vou esquecer''.

Com o passar dos meses, a torcida foi tomando uma proporção maior e os fundadores chegaram à conclusão de que não conseguiriam tocar o projeto, por motivos profissionais e familiares. Em uma decisão da diretoria, ficou acordado que Givanildo presidiria a torcida. A partir desse fato, o presidente, com o apoio de "Neizinho", como é conhecido Sidnei, começou a profissionalizar a agremiação. No ano de 1998, foi criado o estatuto da torcida, a composição da diretoria ficou estabelecida com oito diretores, um vice-presidente e o presidente. E o formato de eleição é por votação dos conselheiros da torcida.

Em 2003 a torcida conseguiu um espaço para dar início à construção de sua sede própria, um terreno da família do atual presidente, alugado, deu início a tudo. "Começamos com uma portinha e foi aumentando, depois colocávamos a televisão na rua porque em dia de jogos lotava a sede, tivemos a ajuda de algumas pessoas influentes na cidade para conseguir ampliar nossa sede, hoje com certeza temos uma estrutura muito boa e digna para uma torcida que representa o Corinthians''. A sede fica localizada na Vila Ipiranga.

A Fiel Macabra tomou grandes proporções e também está presente em todos os jogos do Corinthians ininterruptamente desde o ano de 1998, tendo pelo menos um representante em cada partida. A Agremiação, além da parte esportiva, tem projetos sociais em toda a cidade, eventos para crianças, distribuição de marmitas a pessoas carentes, campanha do agasalho e ajuda a instituições de caridade.

"A Macabra pra mim é tudo, qualquer coisa que eu vá fazer envolve e macabra, minha família nasceu dentro dela, minha esposa me conheceu eu já era da torcida, meu filho praticamente nasceu dentro da torcida, Macabra pra mim é tudo, não me vejo mais sem isso aqui, e é como diz a nossa frase: 'Seja como for'", conclui Givanildo.

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