O golpe do ‘cartão preso’, registrado em caixas eletrônicos de mercado e também em agências bancárias, faz mais vítimas em Bauru. Normalmente, para abusar da boa fé e da inocência de clientes, os estelionatários agem em dois, alerta é o delegado Alexandre Protopsaltis, titular do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Central de Polícia Judiciária (CPJ). De acordo com ele, os alvos, geralmente, são idosos.

Segundo Protopsaltis, os criminosos fixam nestas máquinas um dispositivo muito semelhante ao leitor original, mas com o objetivo de travar o cartão do usuário. “Coincidentemente”, o próximo da fila é um comparsa, normalmente muito gentil e bem vestido, que oferece ajuda. Solícito, ele dá continuidade ao golpe argumentando com a vítima que o mesmo problema aconteceu com um familiar, sendo que o problema fora resolvido por telefone, junto ao banco.

Ele oferece o número e a pessoa liga, sendo que do outro lado da linha outra pessoa está pronta para captar os dados bancários, entre eles a senha do cartão que ficou preso. No entanto, ainda de acordo com o delegado, este estelionato tem variações. Em uma delas, o golpista diz conhecer uma técnica para destravar o cartão. Durante a conversa e a manipulação da máquina, distrai a vítima, troca os cartões sem a pessoa perceber e vai embora.

“Recentemente, pegamos um caso em Bauru onde a golpista ainda ofereceu o próprio celular para a vítima telefonar. Deixo aqui o alerta para que as pessoas não aceitem ajuda de estranhos, por mais que se apresentem com algum tipo de crachá. Geralmente é falso. A melhor alternativa é bloquear o cartão imediatamente”, acrescenta o delegado. Ele ainda recomenda o registro de boletim de ocorrência, pois há subnotificação de casos.