OPINIÃO

Mais saúde para São Paulo

Por Eleuses Paiva | 09/01/2024 | Tempo de leitura: 3 min

O autor é médico, secretário de Estado da Saúde de São Paulo

Planejamento, gestão eficiente, expansão da assistência e foco nas necessidades regionais. Esses são os pilares que norteiam o nosso trabalho para oferecer saúde de qualidade e resolutiva aos cidadãos de São Paulo desde que assumimos a pasta, em janeiro de 2023. A partir de um diagnóstico, identificamos diversas carências que exigiam intervenção imediata, a exemplo de filas cirúrgicas, insuficiência de leitos e falta de financiamento adequado para municípios e prestadores do SUS, parceiros do Governo de São Paulo.

Era preciso agir rapidamente e, com o apoio incondicional do Governador Tarcísio de Freitas, estamos encarando de frente as demandas da saúde. O balanço do primeiro ano sem dúvida é positivo, mas será necessário dar continuidade ao trabalho, pois o SUS é dinâmico e exige inovação e esforço.

O Estado de São Paulo não economizou nos investimentos para a saúde em 2023. Para acelerar a realização de cirurgias eletivas, a Secretaria da Saúde destinou R$ 923,5 milhões para atender mais de um milhão de pacientes que aguardavam na fila, por meio de mutirões. O Estado também investiu na abertura de 1,5 mil novos leitos - o equivalente a sete hospitais de médio porte.

No que se refere à saúde da mulher, levamos as carretas da mamografia a 20 cidades paulistas para a realização de exames preventivos. E inauguramos, na capital, o AME Mulher, primeiro ambulatório para atenção exclusiva à saúde feminina.

A implantação de serviços de saúde digital, como o projeto TeleUTI, reduziu a taxa de mortalidade e melhorou a qualidade do atendimento aos pacientes. O estado também avançou na regionalização da saúde, com a criação de uma nova dinâmica que visa à redução das desigualdades regionais e à disponibilização do atendimento em saúde mais perto das pessoas.

Enfrentamos o sério problema do subfinanciamento crônico da saúde, com o lançamento da "Tabela SUS Paulista", que em 2024 irá beneficiar 354 hospitais, entre Santas Casas e instituições filantrópicas, com um aporte total de R$ 4,8 bilhões para corrigir a defasagem histórica nos valores pagos pelo SUS federal. Isso permitirá um ritmo muito mais acelerado na realização de consultas, exames e cirurgias para os pacientes.

Além disso, o Estado lançou um programa sem precedente de incentivo à gestão municipal da saúde ("IGM SUS Paulista"). Com investimento de R$ 700 milhões, vai elevar os repasses do tesouro estadual para os serviços de saúde geridos pelas prefeituras paulistas, ampliando o acesso da população à atenção primária.

Também neste ano, a região de Bauru foi contemplada com 306 novos leitos e o Hospital das Clínicas de Botucatu recebeu aporte de R$ 50,5 milhões para a abertura de 108 leitos e oito salas de cirurgia. Vem muito mais pela frente. Além das inaugurações do Hospital Regional do Alto Tietê (Suzano) e de Bebedouro, estão previstos novos serviços e reformas em importantes em cidades como Ribeirão Preto, Barueri, Presidente Prudente, Santos, Cruzeiro e São Paulo.

A saúde de São Paulo avançou em 2023 com muito trabalho, dignidade e diálogo. Sabemos que ainda há muito a ser feito, mas o estado seguirá avançando para o bem da população paulista e dos brasileiros que aqui vivem.

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