COLUNISTA

Jesus Cristo Rei do Universo

Por Dom Caetano Ferrari | 25/11/2023 | Tempo de leitura: 3 min

Bispo Emérito de Bauru

Na Liturgia chegamos neste domingo ao fim de ano. Isto quer dizer que para a Igreja, fecha-se neste dia o ano de 2023. Também neste domingo se conclui o Terceiro Ano Vocacional da Igreja no Brasil, momento em que somos convidados em comunhão com os cristãos leigos e leigas a celebrar Nosso Senhor Jesus Cristo como Rei do Universo e a servi-Lo nos pobres e necessitados. Já no próximo domingo entraremos em 2024 quando começará o tempo do Advento que nos colocará no caminho da preparação para o Natal.

Encerrando, pois, o ano de 2023, a Igreja primeiramente nos leva a celebrar solenemente a festa de Nosso Senhor Jesus Cristo como Rei do Universo. Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei e Juiz escatológico, é o "pastor messiânico", anunciado pelos profetas, o Ungido de Deus, que virá cuidar das ovelhas e resgatá-las de todos os lugares em que foram dispersas.

De acordo com o profeta Ezequiel, no trecho lido na primeira leitura da santa Missa - Ez 34,11-17- Deus mesmo vai apascentar as suas ovelhas, conforme o direito, procurar a ovelha perdida, reconduzir a extraviada, enfaixar a da perna quebrada, fortalecer a doente e vigiar a ovelha gorda e forte. Assim diz o Senhor Deus: "Quanto a vós, minhas ovelhas, Eu farei justiça entre uma ovelha e outra, entre carneiros e bodes".

Na segunda leitura - 1Cor 15,20-28 - São Paulo descreve a vitória universal de Jesus sobre a morte, a restauração de tudo e a entrega de seu Reino ao Pai. Assim se manifesta o senhorio de Cristo e a sua realeza universal. Então, Deus será tudo em todos e em todas as coisas.

No santo Evangelho, segundo o relato de São Mateus 25,21-43, Jesus, Pastor messiânico e Filho do Homem, é o Juiz que vem não só proteger os fracos, mas julgar a todos quanto ao seu comportamento em relação a eles, os fracos. O critério prevalente neste juízo final é especialmente a caridade, o amor, a misericórdia para com os necessitados, os pobres, que são assim como que o sacramento de Deus que dá a graça que salva. Benditos do Pai são os que deram aos famintos de comer, aos sedentos de beber, aos nus de vestir, aos estrangeiros a acolhida, aos doentes o cuidado, aos prisioneiros a visita. Malditos são os que nessas mesmas situações e circunstâncias se omitiram, deixando de fazer o bem a esses pequeninos. Jesus conclui, dizendo: "Em verdade Eu vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a fim que não o fizestes! Portanto, os maus irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna".

Jesus Cristo, por quem foram criadas todas as coisas, é o Senhor da vida e da história. Ele é também o primeiro dos ressuscitados. "Cristo ressuscitou, primícias dos que adormeceram. Em Cristo todos receberão a vida. Cada um, porém, em sua ordem: como primícias, Cristo; depois aqueles que pertencem a Cristo por ocasião da sua vinda. A seguir, haverá o fim, quando ele entregar o reino a Deus Pai, depois de ter destruído todo Principado, toda Autoridade, todo Poder" (1Cor 15,20-28). Viva Cristo Rei!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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