ECONOMIA

O risco fiscal brasileiro

Por Reinaldo Cafeo | 25/11/2023 | Tempo de leitura: 4 min

Se alguém pedisse para apontar um dos maiores riscos na condução econômica brasileira, eu não hesitaria em afirmar que é o risco fiscal. Em uma linguagem mais simples, é o risco de o atual governo continuar gastando mais do que arrecada, elevando demasiadamente o endividamento público sem que o crescimento econômico responda na mesma proporção. Seria semelhante a qualquer um de nós que cada vez mais deve para os bancos e continua precisando pedir dinheiro emprestado. Uma hora o crédito será cortado e iremos para outras fontes, que certamente cobrarão uma elevada taxa de juros para nos emprestar mais dinheiro. Por que desta preocupação? Os números falam por si. Vejam abaixo.

Déficit primário deste ano será R$ 36 milhões maior
A equipe econômica do governo Lula, ou seja, membros do Ministério da Fazenda e do Ministério do Planejamento, refizeram as contas e, em vez de um buraco de R$ 141,4 bilhões nas contas do governo Federal para este ano, a previsão agora é de R$ 177,4 bilhões. Salta de um rombo previsto de 1,3% do PIB para 1,7%. As justificativas são aumentos nos gastos e redução na arrecadação. E o que isso significa? Vejam abaixo.

Meta de zerar meta fiscal em 2024 é fictícia
Apesar de estar previsto no Novo Arcabouço Fiscal, de passar a impressão de que a área técnica venceu a área política do governo Federal, mantendo projeção de déficit zero para 2024, está mais que evidenciado que esta meta não será cumprida. É fato que o mercado já sabe disso e o próprio Boletim Focus (relatório semanal das expectativas do mercado) traz projeção de déficit de 0,8% do PIB para 2024, mas também é fato que a continuar com a atual política de gastos para o ano que vem, não haverá aumento na carga tributária que supra a falta de recursos. Assim, a meta de resultado primário de 0% do PIB é fictícia. Para a coisa não sair de controle, nos resta somente acompanhar o desempenho das contas públicas e que o resultado seja, no máximo, o projetado pelo mercado, à medida que esse rombo de 0,8% em 2024 já está precificado.

Educação financeira para crianças
A educação financeira deve fazer parte do dia a dia das crianças. Proporcionar às crianças conhecimento do mundo das finanças é como abrir as portas para um futuro financeiramente saudável. Comece cedo, estimulando, por exemplo, a poupança no velho cofrinho. Mostre o conceito de poupar. Em algum momento converse sobre o consumo de bens e serviços. Mostre a diferença entre necessidades, como comida e abrigo, e desejos, como ter um brinquedo. A criança passa a desenvolver como fazer escolhas tendo um gasto inteligente. Estabeleça a iniciação ao controle orçamentário. Nesta fase estabeleça limites de gastos. Estimule tarefas remuneradas, assim a criança fará conexão entre esforço e renda.

Oriente as crianças para terem metas
Oriente as crianças para estabelecerem metas de poupança, seja para comprar um brinquedo favorito ou como forma de economizar para sua educação futura. Ter um objetivo concreto torna a poupança mais gratificante. Estimule a criança e pensar entes de comprar. Ela precisa avaliar a real necessidade do bem e compare os preços entre várias opções para demonstrar como se faz escolhas ótimas. No caso da poupança, abra uma conta no banco demonstrando que o lugar seguro para deixar o dinheiro e fazer o valor se multiplicar com o passar do tempo. Nesta fase é importante explicar o poder dos juros. Estimule também a filantropia, fazendo com uma parte do valor poupado seja doado para os mais necessitados. Para crianças que já acessam a internet mostre aplicativos e sites de educação financeira. E acima de tudo dê exemplo, afinal, as crianças são os reflexos daqueles que como elas convivem.

Fortuna de Taylor Swift
Pegando a onda da presença da cantora Taylor Swift no Brasil trago uma informação financeira: segundo a Forbes o patrimônio da cantora é estimado em US$ 740 milhões ou R$ 3,5 bilhões na cotação atual. Como ela está realizando shows pelo mundo, a estimativa atual é de que a fortuna atinja neste ano US$ 1,1 bilhão (R$ 5,43 bilhões). Ela tem 33 anos e segundo relatório da agência Bloomberg, Taylor acrescentou US$ 4,3 bilhões ao PIB dos Estados Unidos graças a turnê, que contou com 53 apresentações no país.

Mude já, mude para melhor!
“Diga-me com quem andas e eu te direi quem tu és”. Muitas pessoas de bem precisam acordar e se afastarem dos falsos profetas. Sempre é tempo para mudar. Mude já, mude para melhor!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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