OPINIÃO

A Proclamação da República e a Maçonaria

Por Waldir Ferraz de Camargo | 15/11/2023 | Tempo de leitura: 2 min

O autor é formado em História, funcionário público estadual, obreiro da Loja Maçônica “Deus, Pátria e Família” de Bauru. Colaborador de Opinião

Hoje comemoramos a Proclamação da República do Brasil, levante político-militar ocorrido em 15 de novembro de 1889, quando se instaurou a forma republicana presidencialista de governo, derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do Império, pondo fim ao reinado de D. Pedro II, que durante 58 anos dirigiu nosso país.

Naquele mesmo dia foi instituído o primeiro governo republicano sendo presidente o marechal Deodoro da Fonseca, vice-presidente Floriano Peixoto e os ministros Benjamim Constante, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e Eduardo Wanderkolk. Detalhe: todos eram maçons.

O império brasileiro, até então tido como a mais estável e duradoura experiência de governo da América Latina em 67 anos de história, desabara naquela manhã e a monarquia destituída permitia inaugurar uma nova fase a desencadear-se no destino do país. E D. Pedro II, que também era maçon, deixa imediatamente essa terra com toda sua família, não brigando pelo trono e reconhecendo que o Brasil estava diante de novas conquistas e novos horizontes. Estava encerrado assim o capítulo de uma longa história de lutas e glórias, de traições, de sengue e de atos nobres, tanto quanto outros sórdidos.

Comecemos a pensar. Essa república que veio assim, em meio ao delírio popular, cercada pela bonança esperançosa da paz, surgindo com a precisão dos fenômenos elétricos, já que as primeiras lâmpadas eram acesas nas ruas do Rio de Janeiro, que se fez realidade entre o pasmo e o temor dos monarquistas, trouxe também a admiração dos sensatos por se tratar de um compromisso de honra, de liberdade, de ordem e de progresso que a Maçonaria divulgou e sempre defendeu. Esse era o ideal advindo da Revolução Francesa que deveria se instalar e permanecer conforme pretensão dos maçons da época.

Lamentavelmente, a República atual trilha caminhos tortuosos e distantes daqueles idealizados pelos valorosos brasileiros de outrora, mas nos cabe incentivar os homens e mulheres de agora a manterem vivos aqueles exemplos motivadores do exercício pleno da cidadania, promovendo o bem-estar da pátria em geral, assim como a conquista de uma sociedade mais igualitária, mais justa e fraterna e, portanto, mais feliz.

Receba as notícias mais relevantes de Bauru e região direto no seu WhatsApp
Participe da Comunidade

1 COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.

  • alexandre
    17/11/2023
    D.Pedro II, jamais foi maçom , poderiam se desculpar pelo equivoco .