
Em meio a uma onda de calor, Bauru registrou recorde de temperatura do ano pela terceira vez, nesta sexta-feira (22). Conforme medição do Centro de Meteorologia de Bauru (IPMet), os termômetros marcaram 37,8 graus às 15h45, superando as máximas alcançadas na quinta, de 36,7 graus, e no último dia 13, de 36,4 graus.
Além de ser o novo pico de calor do ano, este extremo também supera as temperaturas mais altas dos últimos 24 meses, desde outubro de 2021, sendo menor que os 39,9 graus anotados em setembro daquele ano. E, com o calor intenso perdurando por vários dias, o nível da lagoa de captação do Rio Batalha caiu seis centímetros em apenas 24 horas, o que fez o Departamento de Água e Esgoto (DAE) emitir uma alerta.
Em nota divulgada nesta sexta, a autarquia orientou a população utilizar água de forma consciente, evitando desperdícios, visto que o nível da lagoa diminuiu de 3,12 metros para 3,06 metros em apenas um dia. O patamar considerado ideal é de 3,20 metros.
CAUSAS
Segundo o DAE, a estiagem prolongada, a persistente onda de calor e o aumento no consumo de água em razão das elevadas temperaturas são os principais fatores que comprometem o nível da lagoa de captação. “Para poupar o Rio Batalha e garantir o abastecimento da população, técnicos da Divisão de Produção e Reservação da autarquia controlam, em tempo real, a quantidade de água captada e realizam manobras para redirecionar a produção dos poços Jardim Imperial, Shopping, Praça Portugal e Chácaras Cardoso às regiões de maior necessidade”, destacou, na nota.
Presidente do departamento, Leandro Dias Joaquim reforçou o pedido de colaboração aos consumidores para evitar a falta d’água. “Por enquanto, a lagoa de captação vem conseguindo se recuperar durante a noite, quando consumo e a temperatura diminuem. Mas a população precisa economizar água, pois a natureza vem mostrando sinais claros de que estamos no limite do que ela pode nos oferecer ”, alertou.
A autarquia ressaltou que investiu mais de R$ 45 milhões em novos poços, reservatórios, implantação de adutoras e nas setorizações, o que garantiu uma produção de mais de 48 bilhões de litros de água em 2022. Em 2017, o Rio Batalha era responsável pelo abastecimento de 36,08% da população do município, já em 2022, esse número caiu para 26,48%.
Comentários
1 Comentários
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GILBERTO TURBIANI SAMPAIO 27/09/2023O problema é que ninguém fiscaliza o batalha a sua vegetação fo reduzida a um aumento gigantesco, ninguém fiscalizada e depois querem proibir áreas com APPs e APAs, isso é uma pouca vergonha, poder público omisso, não fiscaliza, o batalha está morto a séculos, e o poder público não enxerga, opa ou melhor nem fiscaliza, incompetência geral, não dá pra acreditar