O quadrado da hipotenusa é igual à soma do quadrado dos catetos mitose é o processo de divisão celular que dá origem a duas células iguais à inicial com o mesmo número de cromossomos já na meiose ocorrem duas divisões celulares formando quatro células com metade do material genético da célula-mãe Getúlio Vargas foi um dos grandes nomes da história do Brasil no século XX permanecendo no poder durante 15 anos o Carbono apresenta quatro elétrons em sua camada de valência sendo assim pode se unir a outros átomos propriedade que explica a variedade de compostos orgânicos existentes na natureza por isso ser tetravalente. Ufa! Assim a escola vomita o conteúdo diário. Assim, entupido de informações livrescas, enfileirados, obedientes, estudam para a prova, decoram, decoram para exitoso dez. Criatividade, dança, música, cinema, poesia, pouco importam.
Nunca a palavra tem suscitado tantos equívocos quanto o conceito de educar. Na história da humanidade, muitos déspotas usaram-na ardilosamente para satisfazer seus interesses mais escusos e autoritários. Líderes religiosos evocaram-na para escravizar seus fiéis a um código de valores opressor e desumano. Lamentavelmente, a palavra educar tem servido muito mais para oprimir do que emancipar. Por isso, a escola ser inteligentemente burra. Pra contingência diária, quer alunos marchando. Quer língua, gramática, fórmulas algébricas, história, heróis, sobretudo tradição. Quer quem caminhe direito conforme o vento. Pés esquerdos, bocas rebeladoras, sujeitos da própria história, nem pensar.
Por isso, a escola querer um professor condicionado a professar, professar. Por isso - preocupa-me saber quem estaria por trás de tudo isso - a escola querer um dador de aulas. Somente pela arte atingiremos a transformação de que necessitamos. Por isso, todo cuidado é pouco com o professor de Literatura que, em aula, motive os alunos o significado da expressão latina 'Carpe diem', convite para se aproveitar o tempo presente, usufruindo os momentos intensamente. Atenção redobrada com a professora de educação artística. Possível cativar os alunos acordar. À cor dar! Pincéis com cores diferentes, em mãos aprendizes, podem outro desenho criar. Ao professor de Geografia, em lição de clima e vegetação, sabedor dos sobressaltos, aconselhe os alunos: há cactos em todos os caminhos. Razoável observação com o professor de Química: volumes desencadeiam alternâncias. Nunca monotonia. Cuidado vigilante com o professor de Gramática que, alforriado de regras e exceção, conduza os alunos a compreenderem a conjugação serena e adulta do verbo: a não esperar nada de alguém. Esperar alguém, sem preposição.
Mastiga preocupação dolorida, de noite alta, com o professor de Biologia que, na aula de Botânica, ensine os alunos que se na vida nem tudo são flores, tudo nela é semente. À professora de redação capaz de conquistar os alunos com aquela história da menina que, embora morasse na cidade grande, não permitiu que o concreto acabasse com as rachaduras da infância, como alguém acostumado a colher tangerinas sem se esquecer de deixar marcas do cheiro. Ao professor de Filosofia? Que perigo!
Ao se educar com arte, enxerga-se com olhar indagador, com rejeição a papel branco assinado. Nascem desenhos que anuviam um avião à paisagem desorganizada. Nasce o assimétrico, o inesperado, como aquele que desaprendeu a tolerância com o olhar dos bois. A arte é dangerosamente universal. Pudera, é humanizante, inquieta, provocativa.
A escola é burra? Parece, contudo não é. Inteligente-mente burra, sabe muito bem o que faz e a mando de quem. Precisamos da criatividade, das indispensáveis sensibilidade e emoção. Só a arte poderá nos libertar.
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