POLÍTICA

Fipe apresenta o EVTE e aprofunda discussão sobre concessão do esgoto em Bauru

Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica, pilar das concessões, prevê custo de cada obrigação da futura concessionária

Por André Fleury Moraes | 05/09/2023 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação
Atualizada às 7h

André Fleury Moraes

O presidente da Comissão de Justiça, Coronel Meira, cumprimenta a prefeita Suéllen Rosim na 1.ª audiência da Câmara com a Fipe para discutir a concessão
O presidente da Comissão de Justiça, Coronel Meira, cumprimenta a prefeita Suéllen Rosim na 1.ª audiência da Câmara com a Fipe para discutir a concessão

A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), instituição ligada à Universidade de São Paulo (USP), entregou na manhã desta segunda-feira (4) parte do Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) relacionado ao projeto de concessão do sistema de esgotamento sanitário de Bauru.

O estudo foi apresentado durante reunião virtual com a direção do DAE, o gabinete da prefeita Suéllen Rosim (PSD) e o vereador Coronel Meira (União Brasil), presidente da Comissão de Justiça do Poder Legislativo.

Crucial nas propostas de concessão, o levantamento mostra se os estudos utilizados para se chegar a determinado número comprometem a economicidade, a eficiência e a adequação do serviço a ser terceirizado.

O EVTE é parcial, uma vez que se limita à etapa econômico-financeira do projeto - ainda falta a parte técnica -, e integra o terceiro relatório elaborado pela Fipe.

O documento traz planilhas com apontamentos sobre o valor da tarifa e, entre outras coisas, investimentos e contrapartidas da futura concessionária. A maior parte do estudo se baseou em dados fornecidos pelo Departamento de Água e Esgoto (DAE).

Uma das obrigações da futura concessionária será finalizar a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Vargem Limpa, obra que se tornou uma verdadeira novela em Bauru.

Interrompida há dois anos, quando a prefeita Suéllen Rosim (PSD) rescindiu o contrato com a empreiteira responsável pelo serviço, a obra tem estruturas danificadas e erros no projeto que ainda precisam passar por revisão. "Deve-se atentar para o atual quadro de deterioração de alguns componentes já instalados, devido a ação do tempo e da condição de exposição ao tempo a que estão submetidos. Com isso, toda parte estrutural deverá ser sanada e finalizada com as adequadas atualizações técnica", diz o levantamento.

A Fipe estima que a futura concessionária terá de desembolsar R$ 208.891.285,30 para terminar a obra da ETE.

O maior gasto, R$ 79 milhões, se volta à aquisição e instalação dos materiais que compõem a estação, como tubos e válvulas. Em seguida vêm as despesas de construção civil, orçadas em R$ 60 milhões.

A futura concessionária, segundo os cálculos da Fipe, terá uma receita total de R$ 3.320.503.000,00 ao longo dos 30 anos em que estiver à frente da operação do esgoto em Bauru.

A cifra é um pouco maior do que o custo total da concessão - previsto em R$ 2.868.900.089,00 segundo os cálculos da fundação. Ao final das três décadas, se o EVTE se mantiver, a taxa de retorno da empresa ou consórcio empresarial responsável pelo setor será de R$ 731.602.623,00.

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4 COMENTÁRIOS

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  • SERGIO JOSE DOS SANTOS
    07/09/2023
    0 TEMPO MOSTROU QUE O POVO DE BAURU E BESTA EVAI PAVAR DUAS CONTAS, UMA PPRA QUEM GANHAR A CON CESSECAO, OUTRA PRA PREFEITURA SALVAR EMDURB E COHABB
  • SERGIO JOSE DOS SANTOS
    05/09/2023
    PREFEITA SUELLEN ROSIN FAZ UMALIVE AOVIVO DA ETE COM OS VEREADORES FAVORAVEIS AO SEU PROJETO, E NAO VEM COM ESSA DE \" EU VOU VOTAR O QUE É MELHOR PRA BAURU\', POR QUE SE FOSSE ASSIM A COHAB E A A EMDURB JA TINHAM IDO, MAS O GUARDA ROUPA DE EMPREGO NAO DEIXA,ALO GAECO, POLICIA FEDERAL, MINISTERIO PUBLICO VEM AQUI EM BAURU INVESTIGAR A ETE POR FAVOR
  • Aparecido Loureiro Jannone
    05/09/2023
    Se enganam aqueles que dizem o DAE ter expertise para realizar a obra. O tempo mostrou que não tem essa capacidade técnica.
  • ADRIANO APARECIDO SANTANA DE ANDRADE
    04/09/2023
    Mais uma privatização que tira recursos do município e encarece para o povo de Bauru, quando é público e notório que tal serviço deveria e seria muito mais barato sendo feito pelos servidores contratados pelo próprio poder público. É mais um saque contra os cofres públicos oriundo do desgoverno do Michel Temer.