POLÍTICA

Novo será protagonista na eleição de 2024, diz presidente estadual da sigla

Por André Fleury Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Guilherme Matos
A deputada federal Adriana Ventura e o presidente estadual do Novo, Ricardo Alves, durante entrevista no Café com Política
A deputada federal Adriana Ventura e o presidente estadual do Novo, Ricardo Alves, durante entrevista no Café com Política

Presidente estadual do Novo, o servidor público licenciado Ricardo Alves afirma que o partido do qual é dirigente vive um novo momento e será protagonista na eleição de 2024, quando municípios de todo o Brasil voltam a eleger candidatos às prefeituras e às Câmaras Municipais.

Ricardo esteve em Bauru na semana passada para um encontro municipal da legenda que angariou pelo menos 100 novos filiados. Ele estava acompanhado do presidente municipal do Novo, Ricardo Schiavon, do vereador Eduardo Borgo, que acaba de se filiar à sigla, e da deputada federal Adriana Ventura.

Em conversa com o JC no espaço Café com Política, o presidente admitiu mudanças internas no partido, afirmou que caberá às lideranças municipais elaborar estratégias de campanha - "ninguém conhece Bauru melhor do que os bauruenses", destacou - e ressaltou que a legenda "não tem caciquismo". A seguir, os principais trechos da entrevista.

JC- O sr. está percorrendo o Estado de São Paulo inteiro numa agenda que inclui Bauru. Qual é a estratégia, afinal?

Ricardo - É um processo de renovação pelo qual o Novo, um partido dinâmico e moderno, está passando. Até o final do ano passado não tínhamos capilaridade política. E é isso que vamos mudar.

Para exemplificar, moradores de uma cidade chamada Altair, com 4 mil habitantes, nos procuraram recentemente para inaugurar o Novo no município, comandado há 30 anos pela mesma família. Vamos lutar contra esses problemas e seremos protagonistas na eleição do ano que vem.

Claro que é um objetivo de médio e longo prazo. Até porque nosso maior objetivo é reunir condições para eleger um grupo de ao menos 15 deputados, com poder para obstruir votações, participar de mais comissões. Ter previsibilidade.

JC - Em Bauru o Novo ainda é muito tímido. E estamos a um ano das eleições. O prazo exíguo é um risco à ascendência do partido, na sua avaliação?

Ricardo - Não, não. Claro que determinamos às lideranças locais - o vereador Eduardo Borgo e o presidente Ricardo Schiavon - a elaboração de um plano estratégico rapidamente. Mas o diferencial de nosso partido é que a direção estadual não interfere nas determinações das comissões provisórias ou diretórios municipais.

Quem melhor entende Bauru são os bauruenses. Seria ingenuidade se nós, do diretório estadual, entrássemos com um plano já traçado sem conhecer minimamente o município. No Novo não existem caciques. O caciquismo leva ao clientelismo. Por isso nenhum membro da direção do partido pode se candidatar. Quem tem cargo de dirigente foca no partido; mandatários, na política.

JC - A chegada do vereador Borgo à legenda mostra que o Novo está na oposição ao governo Suéllen Rosim (PSD). Isso vai prevalecer?

Ricardo - Não tenho a menor dúvida.

JC - O partido tem se mostrado favorável a vários projetos do governador Tarcísio na Assembleia Legislativa. E Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, é classificado o "homem-forte" do Palácio dos Bandeirantes. Justamente o Kassab que acolheu Suéllen em seu partido. Isso pode criar algum mal-estar?

Ricardo - O Novo é acima de tudo um partido independente. O Tarcísio é uma pessoa ética, que tem pautas que concordam com nossos ideais, mas não somos base de ninguém. Não vejo como isso pode causar atrito.

JC - Uma candidatura à prefeitura pelo Novo está em pé?

Ricardo - Temos esse objetivo, sim. Um candidato a prefeito ganha mais visibilidade, o que favorece o partido. E tão importante quanto isso será um quadro de candidatos fortes à Câmara Municipal.

JC - Uma das críticas ao Novo é de que o bolsonarismo tomou grande parte do partido. Como o sr. avalia esses apontamentos?

Ricardo - O partido Novo está ao lado do partido Novo. Não vejo um movimento nesse sentido, de que bolsonaristas tomaram o partido. Tanto que nas eleições de 2022 nosso posicionamento era claro: nem Lula, nem Bolsonaro. O ponto é que estamos no campo da direita. É óbvio que buscaremos quem tenha afinidade com nosso aspecto ideológico.

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