COLUNISTA

Um pouco da história de Thomaz Bellucci, um dos maiores tenistas do Brasil

14/08/2023 | Tempo de leitura: 7 min

Thomaz Bellucci
Thomaz Bellucci

Ex nº 21 do mundo, 4 títulos de ATP e o 2º melhor do Brasil na história do tênis, esteve em Bauru       

Os números e as conquistas de Thomaz Bellucci são impressionantes. O segundo melhor tenista brasileiro na história do ranking da ATP (21º lugar), os 4 títulos conquistados na carreira (2 em Gstaad, um em Santiago e um em Genebra) e os 18 anos no circuito internacional, compõem um currículo invejável. Inegavelmente um dos 5 maiores tenistas brasileiros de todos os tempos. Uma trajetória que poderia e deveria ser vista com mais destaque por todos que acompanham o esporte de alto nível no Brasil. Talvez “ofuscado” por ter aparecido logo após o maior fenômeno do tênis brasileiro (Gustavo Kuerten) e sofrendo por ser introvertido, Bellucci foi um dos gigantes em quadra. Ler o que ele teve coragem de dizer de si próprio nos ajuda a entender o quanto é difícil a carreira de um profissional de alto rendimento...

Thomaz Bellucci por ele mesmo:

O extra-quadra: “Sempre me preocupei muito com o que os outros iam pensar de mim. Talvez até demais. Ser tenista é ser julgado o tempo inteiro. Depende do resultado e você tem de lidar bastante com o aspecto mental. É um esporte que maximiza tudo da sua vida. Toda a sua vida entra dentro da quadra. E muitas vezes você acaba perdendo pelo extra-quadra. O mais fácil é jogar o tênis. É chegar ali e treinar. O mais difícil é lidar com todo o resto”.

O garoto introvertido: “Sempre fui um garoto muito introvertido. Sempre tive muita dificuldade de fazer novas amizades. A escola era um lugar onde eu não gostava de estar. Eu tinha poucas amizades. Eu tinha mais facilidade em fazer amigos no meio do tênis”.

A influência dos pais: “Jogo tênis desde os 5 anos de idade por causa dos meus pais. O tênis sempre esteve envolvido na minha vida. O esporte foi muito importante não só como profissão, mas também como ambiente social em que me sentia confortável. Eu conseguia ser mais feliz dentro de quadra. Então, é possível que isso tenha sido o impulsionador para seguir no esporte e tomar gosto pelo tênis”.

A dificuldade de comunicação: “Quando você passa a jogar melhor – eu comecei a jogar bem com 19 ou 20 anos – você ganha uma voz ativa na mídia. Hoje vejo que tive muita dificuldade de me comunicar quando era mais jovem. Essa dificuldade causou uma barreira com os fãs, com as pessoas que acompanhavam tênis na época. Muitas vezes o que eu queria dizer, não conseguia. As pessoas achavam que essa timidez fosse uma arrogância minha, uma prepotência que eu nunca tive”.

A parte mental: “Nada é tão simples no tênis. Não é ‘só’ isso, não falta ‘só’ aquilo (para um jogador). ‘Ahhh, o Thomaz joga bem, mas o mental dele não é bom’ ou ‘Putz, o Thomaz não consegue ajustar a parte mental’. Às vezes o mais difícil é isso. É o mesmo que falar que o Federer não ganhava do Nadal porque não tinha esquerda. Ninguém consegue ter tudo o tempo inteiro. Mas eu não vejo meus maus resultados atrelados totalmente à parte mental. Penso que é uma relação de tudo”.

O Thomaz Bellucci de hoje...              

Thomaz Bellucci está muito diferente. É nítida a mudança no comportamento do ex-tenista. Durante toda a Clínica de Tênis, a maneira de conversar, instruir e jogar com os alunos mostrou uma pessoa feliz em transmitir todo o conhecimento adquirido no circuito profissional. Tivemos a oportunidade de conversar um pouco com o Bellucci. Thomaz concorda que está mais amadurecido e a interação maior com as pessoas durante os eventos (como a Clínica de Tênis) tem deixado ele feliz e realizado. Do garoto que começou a jogar tênis aos 5 anos e que apesar de gostar de jogar futebol, o caminho das quadras apareceu naturalmente, com os resultados alcançados desde o juvenil...

Perguntei qual o jogo ele “guardaria pra sempre” e depois de pensar por um tempo, a resposta veio: “É difícil escolher um só, se você  falasse uma meia dúzia talvez fosse mais fácil...  Eu escolheria o jogo contra o Rafael Nadal em Roland Garros”. Essa partida aconteceu em 2010, na quadra principal, a Philippe Chartrier, pelas oitavas de final de Roland Garros. Uma boa escolha do Thomaz. Outra boa escolha foi na última pergunta. Ele não hesitou pra escolher um belo churrasco ao invés de comida japonesa...

A vitória do Norusca sobre o Mirassol           

Bruno Freitas/Noroeste   

Foi uma vitória muito importante do Esporte Clube Noroeste. Na noite da última sexta-feira (11), o alvirrubro bateu o Mirassol por 2 a 0 e chegou aos 12 pontos no Grupo A da Copa Paulista, mantendo a vice-liderança (apenas 2 postos de distância do líder Mirassol). Foi um 1º tempo de encher os olhos e de muita intensidade. Um gol logo no primeiro minuto, com Luiz Thiago desviando de cabeça um ótimo cruzamento do Libâno (após linda virada de jogo do Diego Maia). O Norusca empilhou chances (só o Carlão teve 4), teve bola no travessão (em falta cobrada pelo Denner) e com apenas 2 lances de perigo ao gol do Caio. No fim do 1º tempo o 1 a 0 foi pouco...

No 2º tempo tudo mudou. O Mirassol voltou melhor e teve algumas chances pra empatar. O juiz marcou e “desmarcou” um pênalti (que realmente não aconteceu). O goleiro Caio se transformou no melhor jogador da partida. Fez defesas sensacionais. Moisés Egert acertou demais nas substituições. Ao colocar Donato e Pedro (pra saída de Libâno e Isael), fez com que o estreante Balardin viesse pra ala direita. Dele saiu o cruzamento preciso pro iluminado Pedro marcar o 2º gol (também de cabeça). Vitória importantíssima. Pavimentando o caminho pro mata-mata...

As boas opções do Moisés Egert

Bruno Freitas/Noroeste

As notícias são as melhores pro torcedor noroestino. E também pro técnico Moisés Egert. Faltando 3 rodadas pra terminar a fase de grupos da Copa Paulista (São Bento e MAC fora e Comercial em Bauru) as opções aumentaram e dão maior segurança pra equipe. Caio segue jogando muito bem. Na direita tem Libâno e se precisar pode contar com o Balardin. Ainda esperamos a volta do John pra reforçar ainda mais. São 5 zagueiros em condições: Luizão, Balardin, Hygor, Vinícius e Donato. Tem o Diego Maia (que está se saindo muito bem como 3º zagueiro) e o PH pra esquerda...

O meio de campo conta com Emerson, Paulista, Denner, Isael, Pereira, Felipe Vasconcelos, Guilherme e a volta do Blade. O ataque tem Carlão e Luiz Thiago como titulares, mas Pedro e Bala têm entrado muito bem. E ainda tem o Leleco. Opções não faltam e irão permitir ao treinador escolher o melhor esquema pra enfrentar essa reta final. A confiança está lá em cima. O time está rendendo e crescendo na hora certa. Seguimos em busca do tri e da possibilidade de disputar o cenário nacional...

O melhor 1º turno da história!

Simplesmente a melhor da campanha de 1º turno na história dos pontos corridos do Brasileirão. O Botafogo tá voando! No sábado (12), venceu o Internacional por 3 a 1 no Nilton Santos. O Fogão chegou à 15ª vitória no torneio e alcançou os 47 pontos (mesma pontuação do Corinthians em 2017), mas com um triunfo a mais. Outro recorde do time carioca: a melhor campanha como mandante na era dos pontos corridos. O Botafogo fechou a primeira metade do torneio com 10 vitórias no Engenhão (100% de aproveitamento). Impressionante...

Nem a ausência do artilheiro Tiquinho Soares (contusão no joelho) e nem a incrível falha do ótimo goleiro Lucas Perri foram capazes de complicar a vida do Fogão. O Botafogo será campeão brasileiro em 2023. A única dúvida é em qual rodada o título será alcançado...                               

Momento Maguila                          

A pré-temporada da NFL já começou, pra alegria dos fãs do esporte da bola oval. O SALVE de hoje vai pro Vitor Mauad, que acompanhou no SoFi Stadium, no sábado (12), a vitória do Los Angeles Chargers sobre o Los Angeles Rams por 34 a 17.

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Contato: @dumauadsports (Instagram)     dumauadesportes@gmail.com

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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