Nascido em São Paulo, mas criado por muitos anos pelos avós paternos no Núcleo Geisel, em Bauru, William Guimarães Santos tinha o sonho de tornar-se jogador de futebol. Mas sua beleza e carisma - apesar da declarada timidez - chamaram atenção de produtores de realities shows da MTV e Paramount , que ele conheceu quando foi proprietário, por dois anos, de uma hamburgueria em São Paulo.
O estabelecimento acabou fechando no início da pandemia de Covid-19 e, em 2020, William, hoje com 31 anos, voltou a morar em Bauru. Um ano depois, o convite veio e ele se tornou participante da segunda temporada do "Rio Shore", programa ambientado no Rio de Janeiro que acompanha a vida de jovens em festas, viagens e situações inusitadas.
Após sua bem-sucedida passagem pela atração, ele foi convidado a integrar o elenco do "De Férias com o Ex" Caribe, reality também produzido pela Paramount e MTV que reúne solteiros em uma casa onde vivem romances, brigas e diversão. Após tamanha visibilidade, William viu seu perfil no Instagram alcançar 111 mil seguidores e expandiu sua carreira, ampliando seus ganhos como DJ, influenciador digital e modelo.
Nesta entrevista, ele relembra a morte de sua mãe ainda na infância e o período em que ficou sem a convivência diária com o pai (cujos nomes William preferiu preservar), além de contar como a participação em dois realities transformou seu modo de ver a vida. Leia os principais trechos.
JC - Você nasceu em Bauru?
William - Não. Nasci em São Paulo e, quando tinha cerca de 5 anos, vim morar com meus avós paternos em Bauru, após o falecimento da minha mãe. Meu pai trabalhava 14 horas por dia na Capital e não tinha sentido eu ficar todo tempo sob cuidados de uma babá. Passar a infância no Interior foi gostoso. Naquela época, era filho único e, quando eu tinha 14 anos, meu pai veio morar em Bauru. Ele se casou de novo e, agora, tenho uma irmã de 16 anos e outro de 11 anos.
JC - Como foi sua infância e adolescência?
William - Meus avós moravam no Geisel e eu joguei muita bola naquele campinho em frente à Sorri-Bauru. Queria ser jogador de futebol. Jogava bola melhor que a média e, por isso, jogava com moleques mais velhos. Saía muita briga. Na escola, era do grupo do fundão. Fui aluno do Colégio Seta, Preve Objetivo, Colégio São José. Era arteiro e não gostava muito de estudar.
JC - Assim que concluiu os estudos, já começou a trabalhar?
William - No terceiro colegial, fui trabalhar com meu pai, que tinha uma loja de carros nas Nações Unidas e eu era responsável por lavá-los. Assim que terminei o ensino médio, entrei no curso de publicidade, mas não gostei e saí depois de seis meses. Na época, estava trabalhando na Paschoalloto. Depois, me formei em administração e, durante a faculdade, que eu cursava à noite, trabalhei como bancário no Bradesco. Entrei novinho e, com 24 anos, me tornei gerente. Fiquei lá por sete anos, até 2018, quando resolvi pedir demissão.
JC - Neste período, já trabalhava como modelo ou com algo na área de comunicação?
William - Fazia fotos e desfiles em Bauru e região. Também fiz fotos para marcas como a Renner, por exemplo. Sempre fui muito independente. Depois que saí do banco, queria empreender e voltar para São Paulo. Foi quando montei, em sociedade, uma Brooks Hamburgueria em Moema, que durou dois anos, até 2020, quando veio a pandemia e encerramos as atividades.
JC - Foi quando você voltou a Bauru? Como foi esse período?
William - Foi. Porém, ainda quando estava na hamburgueria, convidei muitos participantes de realities para divulgar nossos produtos. Então, tinha contatos com produtores. De volta a Bauru, fiquei 2020 sem fazer nada e, em 2021, fui trabalhar na Cetro Máquinas. Até que, no final daquele ano, fui convidado a participar da segunda temporada do Rio Shore. Pedi demissão, contei para a família e, na semana seguinte, fui para o Rio de Janeiro. Ficamos em uma casa com 12 pessoas, sendo filmados por 32 dias. Foi algo muito diferente de tudo o que eu já havia feito.
JC - Logo em seguida, você foi convidado para participar do De Férias com o Ex?
William - O Rio Shore foi transmitido em junho e, em agosto, me chamaram para gravar o De Férias com o Ex no Caribe, na Colômbia, que foi ao ar em novembro. Foram 10 pessoas, aí foram entrando ex até totalizar 22. Lá, é confinamento 100%, sem contato com quem não é da casa. É uma convivência bem complicada, porque cada um tem um jeito de ser, mas eu acabei me conhecendo mais, reconhecendo em mim os defeitos que via nas pessoas, testando os limites de paciência. Antes dos realities, eu era muito preocupado com a opinião dos outros e, agora, isso mudou.
JC - A repercussão da sua participação foi boa?
William - Essa temporada do De Férias com o Ex foi diferente porque contou com a participação de uma galera mais conhecida na Internet. Teve muita pegação, briga, tudo o que as pessoas querem ver. Meu nome saiu em sites de fofoca e, em um mês, ganhei 80 mil seguidores. Essa movimentação me ajudou a expandir meu trabalho como DJ. Eu tocava em festa de aniversário de amigo, mas, depois dessa exposição, resolvi arriscar e começou a dar certo. Hoje, toco em Bauru, São Paulo, Paraná, mas ainda é minha segunda fonte de renda. A principal ainda é como influenciador digital, com a publicidade que faço no Instagram, principalmente com marcas de moda e de fitness, já que eu gosto de fazer crossfit e jogar futevôlei. São produtos que tem a ver com meu estilo de vida.
JC - E quais são os planos para o futuro?
William - Começar a produzir músicas, porque hoje eu toco o que chamamos de Open Format, ou seja, de tudo: funk, um sertanejo mais animado, o que permite que eu faça todo tipo de evento, de casamentos a baladas. E quero tentar trabalhar com futebol, meu sonho desde a infância. A ideia é empresariar jogadores e estou estudando para isso. E estou aberto a outras propostas dentro da MTV e, quando terminar meu contrato, também para participar de realities na TV aberta.
escolha sua cidade
Bauru

escolha outra cidade
