PROJETO

Grupo fará projeto para instalação de polo tecnológico na área da Funcraf

Por Tisa Moraes | da Redação
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Divulgação
Vereadores e representantes de instituições visitaram o local na última terça-feira (9)
Vereadores e representantes de instituições visitaram o local na última terça-feira (9)

Um grupo de trabalho deverá ser criado em breve para retomar as discussões sobre uma possível implantação do Polo Tecnológico de Bauru na área controlada, até há poucos meses, pela Fundação para o Estudo e Tratamento de Deformidades Craniofaciais (Funcraf). Porém, por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que reconheceu desvio de finalidade do uso do imóvel em ação movida pela Prefeitura de Bauru, o terreno de 200 mil metros quadrados, localizado no Distrito Industrial 2 (DI 2), foi retomado pelo município. A sentença foi proferida em março deste ano e, agora, a administração volta a discutir a destinação do complexo.

Propostas, dúvidas e pendências serão discutidas em audiência pública que será realizada na Câmara Municipal nesta sexta-feira (12). Segundo o vereador Mané Losila, presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara Municipal, um dos primeiros passos para começar a dar corpo ao parque será compor uma câmara técnica, responsável por elaborar um projeto de ocupação do local.

O instrumento será importante, inclusive, para a prefeitura reivindicar recursos junto ao governo do Estado a fim de reformar a área, que está dilapidada após mais de 20 anos ociosa. O grupo deverá ser instituído e coordenado pelo Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, com participação de entes como a Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, a Associação de Empresas de Serviços de Tecnologia da Informação (Asserti), Comissão de Direito Digital da OAB Bauru e pelo professor Marcelo Carbone, diretor do Centro de Inovação Tecnológica de Bauru.

Representantes de todos eles participaram de reunião realizada com a prefeita Suéllen Rosim, em seu gabinete, na última sexta (5). De acordo com Losila, a chefe do Executivo concordou com a possibilidade de manter a destinação deste imóvel para a instalação de um parque tecnológico, algo já previsto em decreto municipal de 2012.

"A prefeitura irá avaliar a viabilidade jurídica de implantação deste polo no local. E, além do projeto de ocupação, para buscarmos recursos visando a revitalização da área, será importante iniciar a operação do parque com a instalação de algumas empresas-âncoras", descreve o parlamentar.

O assunto foi discutido durante a sessão legislativa da última segunda-feira, quando o vereador Coronel Meira lembrou que o prédio havia sido prometido pela Funcraf à Tilibra, frente às restrições enfrentadas pela empresa para expandir seu parque fabril em razão da Lei Estadual do Cerrado. Losila, contudo, lembrou que a comissão presidida por ele e composta também pelos vereadores Miltinho Sardin e Chiara Ranieri solicitou à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Renda (Sedecon) para verificar se a empresa tem interesse em conciliar sua ampliação com o projeto do parque, considerando, inclusive, a possibilidade de ser uma âncora.

Nesta terça-feira (9), Losila, o vereador Miltinho Sardin e representantes do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Centro de Inovação Tecnológica de Bauru visitaram a área do DI 2. Segundo Losila, embora os prédios estejam degradados, o imóvel tem o espaço necessário para abrigar um parque tecnológico, que precisa ter tamanho mínimo de 200 mil metros quadrados.

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