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21 de março de 2023

OPINIÃO

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'Tarcísio posa com Zé Gotinha e destoa de discurso bolsonarista antivacina...'

'Tarcísio posa com Zé Gotinha e destoa de discurso bolsonarista antivacina...'

Por Mauro C.P. Landolffi - professor | 3 dias atrás | Tempo de leitura: 3 min

Por Mauro C.P. Landolffi - professor


3 dias atrás - Tempo de leitura: 3 min

"Nosso objetivo é aumentar muito a cobertura vacinal no Estado de São Paulo e se somar ao esforço federal de vacinação."... (Tarcísio de Freitas). A imprensa mostrou, na semana passada, num gesto simbólico, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, na inauguração do Museu da Vacina, anunciando as metas para vacinação no estado. Coisa mais óbvia um governante fazer os acertos para imunizar e proteger a população.

Mas em um dos momentos em que isso se mostrava mais necessário, mais urgente, no período da pandemia da covid-19 -no governo passado-, esse procedimento básico não se mostrou tão óbvio assim. Resultado: mais de meio milhão de brasileiros mortos. Mortes que poderiam ter sido evitadas... O Brasil foi o segundo no ranking mundial em número de mortes pela doença. Perdeu apenas para os Estados Unidos - do Trump... Em número de mortes -e também na proporção de mortes por milhão de habitantes-, ganhou da Índia, ganhou da Venezuela, ganhou de Cuba, da Coreia do Norte... Aliás, se a conta for feita na proporção de mortes por milhão de habitantes, ganhou até dos EUA.

Mas não foi por acaso, não foi por outro motivo senão a inércia, o pouco caso, o desdém com a vida dos brasileiros por parte do governo anterior. Só pra relembrar, segundo documentado, o Brasil poderia ter sido o primeiro a ter iniciado a vacinação e o primeiro a salvaguardar a vida de seu povo. Mas isso foi descartado. Corrupção? Propina? A CPI montada levantou tudo isso, mas nada foi para a frente. De qualquer modo, o inegável foi a omissão do governo passado com relação à imunização e proteção da vida dos brasileiros. Para se ter uma ideia -relembrando-, são documentados, no início da pandemia, 101 e-mails com ofertas de venda e reforço da disponibilidade das doses. Foram seis meses de tentativas feitas pela indústria farmacêutica Pfizer, sem sucesso. Em agosto de 2020, a Pfizer ofereceu 70 milhões de doses com início de entrega em dezembro de 2020. Um documento obtido pelo Correio mostra que a empresa chegou a enviar quatro e-mails em um mesmo dia. Pedidos quase desesperados, que foram simplesmente ignorados. E brasileiros morrendo aos milhares... Nenhum médico ou profissional da saúde teve coragem de se pôr à frente do Ministério da Saúde para defender uma política tão absurda. Foi necessário colocar lá um general para responder por essa política da morte, chamada por muitos no Brasil e no exterior de verdadeiro genocídio.

Os governadores dos estados, por sorte, não viram outra saída senão se pôr à frente e -em oposição ao governo federal- providenciar a vacinação da população. Até o Dória teve seu momento de herói, por demonstrar bom senso e brigar para que o povo fosse vacinado. Quantas pessoas estariam ainda vivas e entre nós não fosse essa barbaridade que o mundo presenciou... Um pesadelo que ficou para trás, mas deixou suas marcas e não pode ser esquecido, para que uma tragédia como essa nunca se repita.

Ponto positivo para o governador Tarcísio e todos aqueles que se propõem a fazer o mais óbvio e proteger esse povo tão sofrido.

"Nosso objetivo é aumentar muito a cobertura vacinal no Estado de São Paulo e se somar ao esforço federal de vacinação."... (Tarcísio de Freitas). A imprensa mostrou, na semana passada, num gesto simbólico, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, na inauguração do Museu da Vacina, anunciando as metas para vacinação no estado. Coisa mais óbvia um governante fazer os acertos para imunizar e proteger a população.

Mas em um dos momentos em que isso se mostrava mais necessário, mais urgente, no período da pandemia da covid-19 -no governo passado-, esse procedimento básico não se mostrou tão óbvio assim. Resultado: mais de meio milhão de brasileiros mortos. Mortes que poderiam ter sido evitadas... O Brasil foi o segundo no ranking mundial em número de mortes pela doença. Perdeu apenas para os Estados Unidos - do Trump... Em número de mortes -e também na proporção de mortes por milhão de habitantes-, ganhou da Índia, ganhou da Venezuela, ganhou de Cuba, da Coreia do Norte... Aliás, se a conta for feita na proporção de mortes por milhão de habitantes, ganhou até dos EUA.

Mas não foi por acaso, não foi por outro motivo senão a inércia, o pouco caso, o desdém com a vida dos brasileiros por parte do governo anterior. Só pra relembrar, segundo documentado, o Brasil poderia ter sido o primeiro a ter iniciado a vacinação e o primeiro a salvaguardar a vida de seu povo. Mas isso foi descartado. Corrupção? Propina? A CPI montada levantou tudo isso, mas nada foi para a frente. De qualquer modo, o inegável foi a omissão do governo passado com relação à imunização e proteção da vida dos brasileiros. Para se ter uma ideia -relembrando-, são documentados, no início da pandemia, 101 e-mails com ofertas de venda e reforço da disponibilidade das doses. Foram seis meses de tentativas feitas pela indústria farmacêutica Pfizer, sem sucesso. Em agosto de 2020, a Pfizer ofereceu 70 milhões de doses com início de entrega em dezembro de 2020. Um documento obtido pelo Correio mostra que a empresa chegou a enviar quatro e-mails em um mesmo dia. Pedidos quase desesperados, que foram simplesmente ignorados. E brasileiros morrendo aos milhares... Nenhum médico ou profissional da saúde teve coragem de se pôr à frente do Ministério da Saúde para defender uma política tão absurda. Foi necessário colocar lá um general para responder por essa política da morte, chamada por muitos no Brasil e no exterior de verdadeiro genocídio.

Os governadores dos estados, por sorte, não viram outra saída senão se pôr à frente e -em oposição ao governo federal- providenciar a vacinação da população. Até o Dória teve seu momento de herói, por demonstrar bom senso e brigar para que o povo fosse vacinado. Quantas pessoas estariam ainda vivas e entre nós não fosse essa barbaridade que o mundo presenciou... Um pesadelo que ficou para trás, mas deixou suas marcas e não pode ser esquecido, para que uma tragédia como essa nunca se repita.

Ponto positivo para o governador Tarcísio e todos aqueles que se propõem a fazer o mais óbvio e proteger esse povo tão sofrido.

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