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27 de março de 2023

ÍNDICES

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Com fios na preferência de ladrões, Bauru registra um furto a cada 1h42

Com fios na preferência de ladrões, Bauru registra um furto a cada 1h42

Média leva em conta dados da SSP do ano passado, quando foram contabilizadas 4.950 ocorrências desta natureza

Média leva em conta dados da SSP do ano passado, quando foram contabilizadas 4.950 ocorrências desta natureza

Por Larissa Bastos | 05/03/2023 | Tempo de leitura: 3 min
da Redação

Por Larissa Bastos
da Redação

05/03/2023 - Tempo de leitura: 3 min

Divulgação

Grande parte dos crimes tem como foco a fiação de cobre, o que favoreceu a alta de 32% nas ocorrências

Com o arrefecimento da pandemia e a nova 'preferência' dos ladrões, que passaram a focar mais fios de cobre a despeito de celulares, antes o item prioritário, o total de furtos em Bauru aumentou 32% em 2022 em comparação ao mesmo período do ano anterior. Números da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) mostram 4.950 casos dessa natureza no ano passado, ante 3.753, no anterior. Em média, foram 14 ocorrências por dia em 2022, ou seja, um a cada 1h42.

Existe ainda a possibilidade de a quantidade de crimes ser maior em ambos os períodos, já que parte das vítimas não registra boletim de ocorrência (BO). Segundo autoridades, tanto da Polícia Militar quanto da Civil, o 'baixo risco' do furto da fiação de cobre e grande quantidade de receptadores explicam a alta.

O tenente-coronel Paulo Cesar Valentim, comandante do 4.º Batalhão de Polícia Militar do Interior (4.º BPM-I), relembra que, em 2021, para evitar a contaminação pelo coronavírus, as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa e resistiam a lugares movimentados.

"Mas, no ano passado, com a retomada da normalidade, a população voltou a sair de casa para trabalhar, passear, viajar. Com isso, voltaram os pequenos furtos. O criminoso sempre avalia os riscos. Ele sabe que, ao furtar um celular, ele corre o risco, por exemplo, de a pessoa reagir. Mas, ao furtar os fios de cobre de uma casa que está vazia, ele corre menos riscos", detalha o comandante.

Justamente por conta desse "baixo risco" e pela facilidade de se encontrar fios de cobre na cidade, a 'preferência' dos bandidos foi intensificada: passaram a atacar casas e lugares públicos. A situação, inclusive, virou problema até para o abastecimento de água de Bauru, pois frequentemente poços de captação são alvo, conforme o JC já noticiou.

OUTRO FATOR

Outro motivador para esta tendência é a facilidade de localizar receptadores dos fios de cobre, metal que tem valor do quilo considerado elevado no mercado. Por esse motivo, o titular da Delegacia Seccional de Polícia de Bauru, Luciano de Barros Faro, explica que, mesmo com a intensificação de operações de fiscalização de ferros-velhos e grandes apreensões de material ilegal, é necessário o endurecimento da legislação em relação ao comércio desse item na cidade.

"Os materiais ilegais encontrados são apreendidos e os receptadores, indiciados. Mas é difícil identificar a origem desses fios e, assim, prender os autores do furto. Por isso, a melhor estratégia é dificultar a receptação com fiscalização tanto das polícias, quanto do Poder Público, e legislação mais rigorosa. Ou seja, se não tiverem para quem repassar os fios, não vão furtar", complementa o delegado, ressaltando que o dinheiro da venda geralmente é usado para comprar ilícitos, como drogas.

Conforme o JC também publicou, as Polícias Civil e Militar do município já estão dialogando com Executivo e Legislativo para endurecer a legislação.

DENÚNCIAS

Além disso, para combater furtos em geral, as autoridades pedem que a população colabore com denúncias anônimas ao 190 da PM, ao 197 da Polícia Civil e com registro de boletins de ocorrência na delegacia, caso sejam vítimas.

Com o arrefecimento da pandemia e a nova 'preferência' dos ladrões, que passaram a focar mais fios de cobre a despeito de celulares, antes o item prioritário, o total de furtos em Bauru aumentou 32% em 2022 em comparação ao mesmo período do ano anterior. Números da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) mostram 4.950 casos dessa natureza no ano passado, ante 3.753, no anterior. Em média, foram 14 ocorrências por dia em 2022, ou seja, um a cada 1h42.

Existe ainda a possibilidade de a quantidade de crimes ser maior em ambos os períodos, já que parte das vítimas não registra boletim de ocorrência (BO). Segundo autoridades, tanto da Polícia Militar quanto da Civil, o 'baixo risco' do furto da fiação de cobre e grande quantidade de receptadores explicam a alta.

O tenente-coronel Paulo Cesar Valentim, comandante do 4.º Batalhão de Polícia Militar do Interior (4.º BPM-I), relembra que, em 2021, para evitar a contaminação pelo coronavírus, as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa e resistiam a lugares movimentados.

"Mas, no ano passado, com a retomada da normalidade, a população voltou a sair de casa para trabalhar, passear, viajar. Com isso, voltaram os pequenos furtos. O criminoso sempre avalia os riscos. Ele sabe que, ao furtar um celular, ele corre o risco, por exemplo, de a pessoa reagir. Mas, ao furtar os fios de cobre de uma casa que está vazia, ele corre menos riscos", detalha o comandante.

Justamente por conta desse "baixo risco" e pela facilidade de se encontrar fios de cobre na cidade, a 'preferência' dos bandidos foi intensificada: passaram a atacar casas e lugares públicos. A situação, inclusive, virou problema até para o abastecimento de água de Bauru, pois frequentemente poços de captação são alvo, conforme o JC já noticiou.

OUTRO FATOR

Outro motivador para esta tendência é a facilidade de localizar receptadores dos fios de cobre, metal que tem valor do quilo considerado elevado no mercado. Por esse motivo, o titular da Delegacia Seccional de Polícia de Bauru, Luciano de Barros Faro, explica que, mesmo com a intensificação de operações de fiscalização de ferros-velhos e grandes apreensões de material ilegal, é necessário o endurecimento da legislação em relação ao comércio desse item na cidade.

"Os materiais ilegais encontrados são apreendidos e os receptadores, indiciados. Mas é difícil identificar a origem desses fios e, assim, prender os autores do furto. Por isso, a melhor estratégia é dificultar a receptação com fiscalização tanto das polícias, quanto do Poder Público, e legislação mais rigorosa. Ou seja, se não tiverem para quem repassar os fios, não vão furtar", complementa o delegado, ressaltando que o dinheiro da venda geralmente é usado para comprar ilícitos, como drogas.

Conforme o JC também publicou, as Polícias Civil e Militar do município já estão dialogando com Executivo e Legislativo para endurecer a legislação.

DENÚNCIAS

Além disso, para combater furtos em geral, as autoridades pedem que a população colabore com denúncias anônimas ao 190 da PM, ao 197 da Polícia Civil e com registro de boletins de ocorrência na delegacia, caso sejam vítimas.

Tenente-coronel Paulo Cesar Valentim, comandante do 4.º BPM-I de Bauru (crédito: Bruno Freitas)
Delegado Luciano de Barros Faro, titular da Delegacia Seccional de Bauru (crédito: Ana Beatriz Garcia/JC Imagens)

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