A família da mulher de 23 anos que morreu em Bauru após, segundo boletim de ocorrência (BO), consumir bebida alcoólica e uma substância psicotrópica, está em busca de respostas sobre como se deu o óbito da jovem. Já a Polícia Civil solicitou ao Instituto de Criminalística (IC) a realização dos laudos necroscópico e toxicológico, que deverão apontar qual tipo de entorpecente ela ingeriu (inclusive, se era lícito ou não) e o que provocou a morte.

Conforme o JC noticiou, o caso foi registrado na noite desta terça-feira (28). Segundo o BO, Thifany Clareli Rosa Marques estava em um carro com um amigo, na entrada de Piratininga, quando passou mal e foi conduzida ao Pronto-Socorro Central (PSC) de Bauru, onde deu entrada já em parada cardiorrespiratória. Apesar das tentativas de reanimação, ela não resistiu.

A irmã da vítima, Jennifer Vitória Rosa Marques, de 18 anos, conta que Thifany deixou quatro filhos, inclusive um bebê de 9 meses, e que ela trabalhava bastante para cuidar das crianças. "Ela era guerreira. Começaria ontem (anteontem) no seu primeiro emprego registrado e estava muito feliz. Na terça, ela saiu por volta das 13h e eu fiquei com meus sobrinhos, mas ela não voltou mais", lamenta.

"Minha irmã sempre dizia que, se algo acontecesse com ela, queria que nós cuidássemos dos filhos dela. E é o que nós vamos fazer. Mas eu estou perdida, porque nós duas éramos muito próximas e não consigo entender o que aconteceu. Nós só queremos respostas. Saber o que causou a morte dela", complementa Jennifer, bastante emocionada.

INVESTIGAÇÃO

Para o delegado Carlos Creppe, responsável pela investigação do caso, os laudos solicitados serão cruciais para determinar a causa da morte da jovem. "Eles vão apontar quais substâncias ela tinha consumido e a quantidade. Com os resultados, vamos saber se ela consumiu algo lícito ou ilícito, ou se ela já tinha alguma condição de saúde que ainda não era conhecida pela família. Os laudos serão cruciais", pondera, ressaltando que o resultado da necropsia leva até 30 dias para ser concluído, e o do toxicológico, de 60 a 90 dias.

"Enquanto isso, vamos ouvir testemunhas e familiares. Vamos fazer o que for possível para chegar à causa da morte", conclui Creppe.