O professor aposentado Alexandre Leite de Andrade, 58 anos, morador de Botucatu (100 quilômetros de Bauru), morreu nesta quinta-feira (2) após permanecer dois dias internado depois de ter ateado fogo no próprio corpo em protesto contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

O ato aconteceu em Brasília, no canteiro central da Esplanada dos Ministérios, na terça-feira (31). Alexandre estava internado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) desde então. Ele veio a óbito na madrugada desta quinta-feira.

Testemunhas que presenciaram o episódio afirmam que o aposentado chegou a gritar "Morte ao Xandão", referindo-se ao ministro da Suprema Corte Alexandre de Moraes, momentos antes de atear fogo em si mesmo.

A Polícia Militar do Distrito Federal, acionada para atender a ocorrência, conseguiu apagar as chamas e pediu auxílio ao Corpo de Bombeiros do DF. As equipes, segundo o portal Metrópoles, encontraram com Alexandre fotos de Johann Georg Elser e Claus von Stauffenberg, que tentaram assassinar Adolf Hitler, e o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela.

Os retratos estavam impressos em diversos papéis. Ainda segundo o Metrópoles, a frase "Perdeu, mané" - dita pelo ministro Luís Roberto Barroso, também do Supremo - constava em todas as folhas recolhidas pela polícia.

Alexandre estava em Brasília já havia alguns dias. Em um vídeo publicado nas redes sociais na terça-feira (31), mesmo dia em que ateou fogo em si mesmo, ele disse esperar que o governo Lula "não seja um mensalão 2".