TINHA 20 ANOS

Um mês da morte de Carlos Eduardo: o que se sabe sobre o acidente que vitimou o jovem

Por Redação | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução/Instagram
Carlos Eduardo em moto de alta cilindrada; jovem era apaixonado por motos e acumulava seguidores que apreciam as motocicletas
Carlos Eduardo em moto de alta cilindrada; jovem era apaixonado por motos e acumulava seguidores que apreciam as motocicletas

Nesta quarta-feira, 1º, completa um mês que o jovem Carlos Eduardo, 20, morreu após se acidentar com uma moto de alta cilindrada. ‘Kadu’, como era conhecido, caiu e se chocou contra um poste na Avenida Ruy Rodrigues, no distrito do Ouro Verde, em Campinas, poucas horas após a virada do ano.

A morte do jovem gerou grande repercussão, já que ele era popular entre os apreciadores de motocicletas. Conforme noticiou a Sampi na época do acidente, o jovem tinha mais de 25 mil seguidores no Instagram. Mesmo após o falecimento, ele acumulou mais 5 mil e chegou a 30 mil seguidores.

Rumores de que um possível declive teria desequilibrado a motocicleta foram levantados por conhecidos e amigos, mas a Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) disse que desconhece a irregularidade na pista. A perícia esteve no local e o acidente é investigado pelo 9º Distrito Policial.

Quem era  
Carlos Eduardo tinha vários apelidos: ‘kadu’, ‘cadu’, ‘carlin019’ ou ‘pilotão do grau’ são alguns deles. Ele se consolidou nas redes sociais em um nicho de seguidores que apreciam motos de alta cilindrada e manobras de alto risco.

As publicações do jovem, geralmente, eram compostas por fotos e vídeos dele realizando manobras ou pilotando motocicletas de alto valor, como uma BMW R1200, motocicleta avaliada em R$ 72 mil.

A moto em que ele estava era uma Yamaha MT-07, moto avaliada em aproximadamente R$ 40 mil. Os jovens que se reuniam no perfil de Carlos apreciavam e elogiavam as manobras realizadas por ele.

Em um dos vídeos, Kadu aparece empinando a motocicleta em alta velocidade na Rodovia Santos Dumont (SP-75). Ele anda com a roda dianteira levantada e, em seguida, coloca uma das pernas sobre o banco.

Em um outro vídeo, Carlos anda em alta velocidade pelas ruas estreitas de um bairro da periferia de Campinas.

Um amigo da família que preferiu não se identificar disse que Carlos tinha começado a rifar motocicletas, e obtinha renda com isso. Quando morreu, ele realizava a rifa de uma moto de baixa cilindrada por R$ 0,20.

O que se sabe?  
O caso é investigado pelo 9º Distrito Policial de Campinas. Peritos estiveram no local no dia do acidente e coletaram informações necessárias para análise técnica.

Nas redes sociais, seguidores de Carlos Eduardo apontaram um declive na avenida como possível causa da queda que causou a morte. A Emdec disse que não reconhece a irregularidade: “nunca nos chegou nenhuma reclamação nem nada do tipo sobre isso”, disse por meio da assessoria de imprensa.

Já a Polícia Civil não cita o suposto declive nas investigações. Em nota à reportagem, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) reforçou o último posicionamento passado sobre as investigações, no dia 3 de janeiro: “A Polícia Civil solicitou os ao IC (Instituto de Criminalística) e ao IML (Instituto Médico Legal) exames periciais para entender o que causou o acidente”. O posicionamento foi mantido pois, segundo a secretaria, as investigações não andaram.

O que falta saber?  
Apesar das publicações realizando manobras com motocicletas, não se pode afirmar que Kadu estava realizando o ato no momento do acidente, ou, se estava em alta velocidade.

Falta saber, principalmente, o que causou a queda dele da motocicleta. Se foi o suposto declive, excesso de velocidade, manobra arriscada ou mesmo uma perda de controle da direção – o que é negado a ferro e fogo por quem conhecia o jovem.

Se confirmado que a irregularidade no asfalto da via existe e, portanto, pode ter causado a queda de Carlos, falta saber quais medidas pode ser tomadas. Se essa hipótese caminhar, é possível também que a família abra um processo contra a administração.

O que é óbvio  
Que o jovem era extremamente querido pelos amigos e seguidores, que realizaram, inclusive, duas homenagens após sua morte.

A primeira foi no dia do velório, 2 de janeiro, em frente ao Cemitério dos Amarais. Dezenas de motociclistas se reuniram em frente ao cemitério e ‘cortaram giro’ – quando se acelera a moto até a rotação máxima do motor -, ato que Carlos gostava de fazer quando pilotava.

Em uma outra, no dia 8 de janeiro, um encontro também protagonizado por dezenas de motociclistas em frente à casa de Kadu, na região do Ouro Verde, os participantes cortaram giro e prestaram condolências ao pai.

A reportagem procurou familiares, mas não teve resposta.

Comentários

1 Comentários

  • Luis Roberto Romero 01/02/2023
    TEM MUITO DESTES EM BAURU, POPULARES E BARULHENTOS. E ...... MORTAIS