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Teatro Municipal completa um ano

Redação
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Após um ano de inauguração, Teatro Municipal de Bauru é batizado; personalidades culturais comentam o espaço

Em 26 de abril do ano passado ocorria a esperada inauguração do Teatro Municipal de Bauru. Até aquele momento, a cidade não dispunha de um espaço público destinado exclusivamente às artes cênicas.

Na última segunda-feira, a Câmara Municipal aprovou, por unanimidade, o decreto legislativo que confere ao Municipal o nome da professora Celina Lourdes Alves Neves, grande entusiasta do teatro em Bauru.

Em 2001, a Secretaria Municipal de Cultura pretende intensificar as atividades no local iniciando o projeto Cena Aberta. Voltado aos profissionais da área de artes cênicas, irá promover workshops de interpretação, direção, cenografia, iluminação, entre outras especialidades, sob a orientação de grupos profissionais que vêm desenvolvendo trabalhos de pesquisa e experimentação cênica. Esses grupos, além de coordenar os work-shops, também trarão ao Municipal espetáculos considerados de alta qualidade.

Na primeira edição do projeto, quem se apresenta é a Cia. Parlapatões, Patifes e Paspalhos (SP), com o espetáculo ppp@wllshkpr.br.

Primeiro ano

Nesse período, o espaço abrigou 147 espetáculos, assistidos, ao todo, por 39.698 espectadores. Desde sua estréia, com o espetáculo Honra, protagonizado por Regina Duarte e Marcos Caruso, o Teatro recebeu atores consagrados, como Herson Capri, Carlos Moreno, Cristina Mutarelli, Juca Chaves, Raul Gazolla, Vera Zimmerman, Ester Goés, Walter Breda, Juca de Oliveira, Mauro Mendonça e Suzy Rego.

Outras companhias importantes também tiveram seu espaço, com espetáculos que trafegam na contramão do circuito comercial, encenados por grupos como o Piafraus, com a peça Frankenstein e a Cia. Íntima de Teatro, com a montagem de A Vida é Sonho.

Grupos locais também tiveram seu espaço, principalmente dentro do projeto Santo da Casa, que levou ao palco, entre outros espetáculos, A Flor do Mamulengo, da Cia. De Dramas & Folias, Namoro, da Cia. de Teatro do Colégio Seta e Até Amanhã, Tudo Bem, do grupo Ato.

Outro projeto importante que ganhou vida no Municipal foi o A Escola Vai ao Teatro. Com o objetivo de divulgar o trabalho de grupos envolvidos com o teatro infantil e viabilizar o acesso de alunos do ensino fundamental ao universo das artes cênicas, este projeto promoveu a apresentação de várias peças, como A Nova Descoberta do Brasil, do grupo Ato, A História não É Bem Assim, do grupo Matá-Matá e A Roupa Nova do Imperador, da Cia. Teatral Roma Produções.

Além de espetáculos teatrais, o Municipal também foi palco para apresentações na área de dança, com o Ballet Lina Penteado e a Cia. Cisne Negro. A música também passou por lá, com a Orquestra de Câmara da Unicamp, Bauru Jazz Band e Awê Trio.

A regente de corais Sonia Berriel considera que o Teatro Municipal vem trazendo para a cidade espetáculos de alta qualidade. Faço parte daquela geração de produtores culturais que sonhou com o Teatro Municipal. Hoje em dia, eu vejo o Teatro como a casa do bauruense. Eu pude comprovar, neste ano de atividades, várias artes convivendo naquele palco.

Na opinião da coreógrafa Yolla Guimarães, os artistas locais tiveram mais oportunidade de mostrar seus trabalhos. O músico Badê vai mais longe: Participo da vida artística da cidade há mais de 40 anos e jamais anteriormente tivemos a oportunidade de mostrar nosso trabalho em sala tão apropriada, onde me apresentei com a Bauru Jazz Band já por três vezes.

Na avaliação da atriz Elizabeth Benetti, do grupo Ato, neste ano de atividades, o teatro se fez presente. A comunidade teve a oportunidade de visitar o espaço e assistir a bons espetáculos. O estilo e a qualidade dos trabalhos foram mesclados, o que garantiu a participação de um público heterogêneo. A perspectiva é de que, com o Teatro Municipal, a gente desenvolva uma política cultural de qualidade em Bauru.

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