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Lotéricas param pedindo segurança

Patrícia Zamboni
| Tempo de leitura: 2 min

Lotéricos de todo Estado prometem ficar de portas fechadas hoje, protestando também contra a baixa remuneração.

Hoje, dia 3, os lotéricos de todo o Estado de São Paulo, incluindo os que dirigem as 23 casas lotéricas de Bauru, farão uma paralisação de um dia. O objetivo é protestar contra a falta de segurança das unidades e a baixa remuneração dos empresários por parte da Caixa Econômica Federal (CEF). O movimento está sendo coordenado pelo Sindicato dos Lotéricos do Estado de São Paulo (Sincoesp).

De acordo com Carlos Augusto Carnelossi, dono de uma lotérica de Bauru que informou o JC sobre a paralisação de hoje, estava sendo analisada a possibilidade de uma greve mais longa. Porém, durante assembléia realizada na semana passada, a categoria teria decidido fazer apenas uma paralisação de protesto para não prejudicar a população.

Nos preocupamos em não prejudicar o atendimento aos clientes. Por isso, a categoria decidiu protestar fazendo apenas um dia de paralisação das atividades das lotéricas, diz o empresário. Segundo Carnelossi, a partir de amanhã, dia 4, o atendimento será normalizado.

De acordo com ele, no Estado de São Paulo existem aproximadamente 2,5 mil casas lotéricas, que seriam responsáveis por 50% da arrecadação das unidades em nível nacional. No País, atualmente existem cerca de oito mil unidades lotéricas.

Conforme o JC já havia divulgado, os donos de casas lotéricas do Estado de São Paulo estão reivindicando que a CEF seja responsável pelo sistema de segurança das unidades; 12% de comissão na loteria de prognóstico, sendo que atualmente esse percentual gira em torno de 8%, e R$ 0,39 de comissão por cada autenticação de contas pagas. No momento, essa comissão é de R$ 0,22.

Recentemente, a CEF apresentou uma contraproposta à categoria de ajudar os empresários assumindo apenas uma parte da segurança das unidades e comissão de R$ 0,27 na autenticação das contas. Os lotéricos recusaram, por considerar que a proposta estava muito longe do que está sendo reivindicado, e o impasse continua.

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