Os servidores públicos do Poder Judiciário Estadual decidiram manter a greve por tempo indeterminado. A decisão inclui o Fórum estadual de Bauru e foi tomada após o presidente do Tribunal de Justiça (TJ) do Estado de São Paulo, Márcio Bonilha, ter dito que não haveria condições, no momento, de oferecer reajuste salarial aos trabalhadores. A passeata de manifestação realizada terça-feira, na Capital paulista, reuniu cerca de 10 mil pessoas.
De acordo com a presidente da Associação dos Funcionários do Poder Judiciário da Comarca de Bauru, Luciana Dias Duarte, que participou da passeata, juntamente com servidores de diversas cidades da região de Bauru, na segunda-feira o presidente do TJ recebeu, em reunião de urgência, representantes de algumas entidades representativas dos trabalhadores que estavam em São Paulo. Durante a reunião, foi feito o anúncio que, mais uma vez, desapontou a categoria e fortaleceu a greve. Terça-feira, na Capital, não houve nenhum contato dos grevistas com o presidente do TJ.
Ficamos sabendo que, na segunda-feira, o presidente do TJ recebeu algumas entidades que estavam reunidas em São Paulo para conversar, em caráter de urgência. Duante essa reunião, ele disse que não existe possibilidade financeira de oferecer reajuste salarial aos servidores, no momento, e que a única coisa que poderia ser feita era repor (aos trabalhadores) os dias parados em função da greve. Isso é absurdo, não é nada disso que estamos reivindicando. Por isso, em assembléia, a categoria decidiu manter a paralisação, diz Luciana.