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Caixa deve criar consórcios imobiliários, afirma Carazzai

Redação
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A Caixa Econômica Federal (CEF) estuda criar consórcios imobiliários, nos próximos meses, para compensar a suspensão dos financiamentos habitacionais à classe média. A informação é do presidente da Caixa, Emílio Carazzai, em entrevista a um jornal de circulação nacional.

Carazzai disse que os consórcios representam uma saída para livrar a Caixa do risco da inadimplência e do círculo vicioso que manteve a instituição no vermelho por um bom tempo: o repasse de recursos a taxas menores do que as de captação.

Outro ponto a favor da formação de grupos de mutuários é que isso alinharia o Brasil a práticas semelhantes às usadas em países desenvolvidos, como a Alemanha e os Estados Unidos. Seria o melhor dos mundos. Ao mesmo tempo em que havia uma indução à poupança prévia por parte dos mutuários, a Caixa usaria um mecanismo familiar aos brasileiros para voltar ao mercado, avalia Carazzai.

Segundo o presidente da CEF, não há prazo para retomar os empréstimos imobiliários interrompidos na semana passada. O ideal para reativar o mercado imobiliário é que a taxa caia paulatinamente a 14% anuais ou menos.

A suspensão anunciada na semana passada atinge as seguintes modalidades de financiamentos: carta de crédito individual, poupança de crédito imobiliária (poupanção), imóvel na planta e convênio Caixa do Trabalhador. Os financiamentos que usam recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não foram afetados.

A medida foi tomada devido ao desequilíbrio entre a taxa de juros que a Caixa paga no mercado para captar esses recursos próprios (a Selic, em 19% a.a) e a taxa de juros cobrada nos empréstimos, cerca de 14% ao ano (com base na TR).

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