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Esposa seqüestrada de empresário é libertada

Adilson Camargo
| Tempo de leitura: 2 min

Botucatu - A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Botucatu ainda não tem pistas concretas a respeito dos seqüestradores que mantiveram Terezinha de Oliveira Martini, 65 anos, em cativeiro por uma semana. Ela foi solta ontem de madrugada, em São Paulo, logo após a família ter pago R$ 30 mil pelo resgate.

Terezinha era casada com José Martini, 68 anos, dono do Posto e Restaurante Rodoserv, que fica no km 198 da rodovia Castelo Branco, em Pardinho.

Além da DIG de Botucatu, participam das investigações a Delegacia de Polícia de Pardinho e a Delegacia Anti-Seqüestro (Deas), de São Paulo. A equipe está sendo chefiada pelo delegado Celso Olindo, da DIG.

Segundo ele, a polícia ainda não tem um suspeito, mas já está seguindo uma linha de investigação. O apoio da Deas, que está trabalhando também no caso Silvio Santos, é considerado fundamental pelo delegado, uma vez que ela teria pessoal especializado nesse tipo de crime.

Libertação

O resgate de Terezinha foi pago por volta das 21 horas de anteontem. Duas horas mais tarde, ela foi solta pelos seqüestradores.

Terezinha não soube informar à polícia o local, dentro de São Paulo, aonde teria sido deixada.

De acordo com o delegado, ela informou apenas que tomou um táxi e foi até o Shopping Center Eldorado, de onde ligou para a família, em Botucatu.

Ao saber da notícia, a família entrou em contato com o motorista que estava na capital paulista. Ele foi até o shopping acompanhado pela polícia e trouxe Terezinha de volta a Botucatu, onde chegaram por volta da 1h30 de ontem.

O resgate

No início das negociações, os seqüestradores estavam pedindo, segundo informações da polícia, US$ 2 milhões para libertar Terezinha. No entanto, a família divulgou que o valor pago ficou muito abaixo dessa quantia: R$ 30 mil.

O dinheiro, segundo o motorista, foi entregue a dois homens armados, em uma favela, na periferia de São Paulo. Ele chegou até o local guiado pelos seqüestradores, que mantinham contato com o motorista por meio de telefone celular.

Terezinha, segundo o delegado Celso Olindo, aparentemente não sofreu agressão física durante o seqüestro. Apenas estava muito abalada emocionalmente em razão do tempo que ficou em cativeiro e por saber da morte de seu marido.

Martini morreu no banheiro de sua casa, após ser trancado pelos seqüestradores, na terça-feira da semana passada.

A polícia ficou afastada do caso, até o pagamento do resgate, a pedido da família.

O delegado acredita que o cativeiro, onde Terezinha passou a última semana, fica na região metropolitana de São Paulo. De acordo com a vítima, demorou pouco tempo entre o pagamento do resgate e sua libertação na Capital.

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