O motorista de ônibus José Mário Correia, acusado de ter matado sua esposa, Ana Maria Silva Correia, de 39 anos, a facadas no Núcleo Beija-Flor na segunda-feira passada, foi achado enforcado no final da manhã de ontem. O corpo, já sem vida, foi encontrado pendurado em uma árvore da Fazenda São José, no município de Piratininga.
Nos pulsos de Correia haviam cortes que, tudo indica, tenham sido feitos com uma lâmina de barbear, encontrada próxima do corpo, numa primeira tentativa de suicídio. O encontro do cadáver foi registrado na Delegacia de Piratininga. O corpo foi enviado para o Instituto Médico Legal para a realização de necrópsia, para confirmar ou não a morte por suicídio.
O motorista estava desaparecido desde quando sua mulher foi morta, na segunda-feira. Correia e Ana Maria estavam em processo de separação e o crime teria ocorrido após uma briga do casal. Ele teria apunhalado Ana Maria com uma faca, na presença do filho mais velho do casal, de 16 anos, na casa em que moravam, no Núcleo Beija-Flor. A filha de 9 anos não estava em casa no momento dos fatos.
Ana Maria chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Desde então, Correia vinha sendo procurado pela Polícia Civil de Bauru. O corpo de Correia foi achado por um morador da Fazenda São José, cujo nome não foi divulgado. A testemunha disse à Polícia Civil de Piratininga que Correia era seu conhecido e que chegou à fazenda na terça-feira dizendo que estava em férias e iria ficar uns dias na zona rural.
A testemunha não desconfiou de nada errado até encontrar Correia enforcado, ontem pela manhã, e acionar a polícia. O carro de Correia, um Corcel II, no qual ele fugiu após a morte da esposa, foi localizado na fazenda. Apesar de Correia estar morto, o inquérito que investiga o assassinato de Ana Maria continua correndo pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Bauru.
A delegada titular da DDM, Rejani Borro Tiritan, explicou que a investigação prossegue para esclarecer a autoria e as circunstâncias da morte de Ana Maria. Até ontem, os familiares da vítima não haviam comparecido à DDM para prestar depoimento sobre o caso.