A Secretaria de Finanças faz reserva com o objetivo de evitar a necessidade de financiamentos para pagar o abono.

A Prefeitura de Bauru está realizando um provisionamento (reserva) de dinheiro para o pagamento do 13.º salário dos servidores público municipais. O economista Raul Gomes Duarte Neto, secretário municipal de Economia e Finanças, afirma que a intenção é evitar empréstimos para o pagamento, como vem ocorrendo há vários anos.

Duarte Neto disse que há um montante (não revelado) aplicado para quitar o 13.º, cuja folha é de aproximadamente R$ 4,5 milhões. De acordo com ele, a idéia da reserva pagar o máximo de servidores possível. Caso tenha que recorrer a empréstimos bancários, será para uma faixa menor de servidores, principalmente aqueles que ganham mais. A base dos servidores, que é em maior número, poderia receber de imediato.

Porém, Duarte Neto faz a ressalva de que a manutenção dessa reserva vai depender do que ocorrer com a economia nos próximos meses. Se a economia parar ou cair demais a receita da Prefeitura, pode haver um comprometimento. Não havendo intercorrência externa que possa prejudicar, a idéia é provisionar recursos para pagar o todo. Se não conseguir, pagaremos, pelo menos, boa parte desse pessoal da base, afirmou.

Vale destacar que os financiamentos utilizados encarecem a folha de pagamento da Prefeitura, uma vez que o Tesouro municipal acaba sendo responsável pela quitação dos juros, apesar do crédito ser feito em nome dos servidores, com o município como avalista. Em anos anteriores, os trabalhadores que não recorreram aos financiamentos receberam o equivalente aos juros como uma gratificação pela espera.

Outra dificuldade é saber da disponibilidade do sistema financeiro em fornecer a linha de crédito. De repente, o Banco Central proíbe esse tipo de operação e pode complicar o quadro. Então, o que a Prefeitura está tentando fazer é uma provisão para o pagamento do 13.º, afirmou o secretário.