Os 25 quilos de cocaína apreendidos anteontem em Bauru pela Polícia Rodoviária, que haviam saído do Mato Grosso do Sul com destino ao Rio de Janeiro, já foram incinerados. Em função da quantidade da droga, considerada grande, a Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) de Bauru solicitou e obteve autorização judicial para imediata destruição da cocaína apreendida, que somou exatos 25,416 quilos.
A incineração foi feita ontem à tarde, no forno da Ajax, empresa localizada às margens da rodovia Bauru-Jaú. Como o JC publicou na edição de ontem, os 25 quilos de cocaína estavam sendo transportados pelo motorista desempregado Otílio Lúcio Barbosa, 40 anos, em um ônibus interestadual que saiu de Ponta Porã (MS) com destino ao Rio de Janeiro (RJ)
A droga estava acondicionada em uma sacola colocada no bagageiro do ônibus. Um policial rodoviário, que tomou o ônibus em Lins com destino a Bauru, desconfiou de Barbosa, que se mostrava bastante nervoso. A droga foi achada quando o ônibus foi parado na Base da Polícia Rodoviária de Bauru.
Barbosa foi encaminhado para a Dise, onde foi autuado por tráfico de drogas e recolhido à Cadeia Pública de Bauru. Na delegacia, ele contou que foi contratado para levar a droga até o Rio de Janeiro, onde uma pessoa estaria esperando-o. Barbosa disse à reportagem do JC que iria receber R$ 500,00 pela tarefa e que a aceitou porque estava desempregado. Se condenado, Barbosa poderá pegar de três a 15 anos de prisão.
O delegado-titular da Dise, José Henrique Gomes dos Santos, explicou que, em se tratando de grande quantidade de drogas, a legislação permite a destruição imediata devido à dificuldade de armazenagem. Por isso, a cocaína foi incinerada já ontem, menos de 24 horas após ser apreendida.
O teste toxicológico feito pela Polícia Técnica revelou que a droga apreendida era pura. A estimativa é que os 25 quilos poderiam render cerca de R$ 500 mil. Ontem, antes da incineração feita na presença de policiais da Dise, do presidente da Subseção Bauru da Ordem dos Advogados do Brasil, Édson Reis, e da Imprensa, a Polícia Técnica fez outro teste toxicológico e a pesagem da droga.