O ex-presidente Flávio Uchoa foi o primeiro a depor na CEI, ontem. Ele adiantou os detalhes que diferenciavam os contratos estabelecidos com a Fundeb e a Waterloo em relação ao monitoramento do aquífero e outras vertentes através de um modelo matemático. Uchoa também disse que, a exemplo do que aconteceu com a Fundeb, outros contratos foram rescindidos em sua gestão por problemas de caixa no DAE. Criticado por João David Felício no depoimento de terça-feira passada na CEI, Uchoa não hesitou em disparar contra o ex-presidente.
Ele confirmou que estava viajando nos últimos dias, tendo tomado conhecimento dos depoimento de Felício após ter assistido à fita gravada. É muito fácil aproveitar um depoimento público e jogar pedra. Tenho que resgatar essa questão. Nós herdamos o DAE com dívida de R$ 2,8 milhões com a CPFL, que não queria mais ligar nem energia elétrica para o DAE. Entramos com mandado de segurança para assegurar energia na sede da autarquia. Tinham poços desligados, tinham dois reservatórios secos. Esta era a situação que herdamos dele, criticou.
Flávio Uchoa também disse que ligar água levava 45 dias quando recebemos o DAE dele. Hoje isso leva 5 dias e em alguns casos se faz com urgência até no mesmo dia. As refeições dos servidores estavam suspensas e nós restabelecemos. Havia falta de água generalizada e hoje a situação está restabelecida. O déficit orçamentário foi de R$ 3 milhões na gestão anterior à minha, sendo 15% do orçamento anual. Nós baixamos para 2,9% já no primeiro ano e tivemos superávit no ano seguinte. O presidente do DAE daquela ocasião fez um cartaz chamando o servidor de vagabundo e nós não coadunamos com isso. Não dou margem a fofoca. Estou aqui relatando fatos com provas materiais para restabelecer a situação.
Flávio Uchoa enfatizou que o Felício teve seu acertos como presidente do DAE, mas jogar lama eu não aceito. Havia adiantamento para cargos de diretoria que somaram R$ 500 mil em um ano e o Tribunal de Contas apurou. Eu cortei isso. Isso é prova material não é lançar fatos.
