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Saneamento não tem demanda viável

Josefa Cunha
| Tempo de leitura: 2 min

A lista de problemas que aguardam solução em Bauru é grande, a começar pelos de ordem financeira e de estrutura urbana, que, conforme foi explorado na edição anterior do JC nos Bairros, estancam o progresso da cidade, quando não provocam uma regressão em termos de desenvolvimento. Um alento, entretanto, é a situação do município em relação ao saneamento básico - perante cidades de porte semelhante, Bauru aparece bem na frente. 99,9% dos bauruenses contam com rede de água tratada e somente 2% carecem da rede coletora de esgoto. É claro que atingir os índices máximos de saneamento é obrigação de todo e qualquer governo preocupado com a qualidade de vida de seus governados, mas os números em Bauru são animadores, principalmente quando, na prática, não se tem demanda a ser atendida.

A atenção do Departamento de Água e Esgoto (DAE) à expansão a rede de água, até por uma exigência da lei, é constante. As novas solicitações são atendidas, inclusive nos locais mais distantes da cidade. A cobertura só não atinge 100% em virtude do crescimento permanente, ou seja, sempre haverá um novo ponto a ser atendido. Com a rede coletora de esgoto, a situação é um pouco diferente, porque sua implantação é mais complexa e, às vezes, inviável, como é o caso do Jardim Santos Dumont, cuja localização está totalmente fora do sistema de captação da autarquia.

As 17 favelas da cidade também não são servidas de rede coletora, mas a política do DAE não abrange a urbanização desses locais. Fora esses, as informações oficiais são de que existem cinco pontos da cidade sem sistema coletor, atualmente driblando o problema com fossas sépticas devidamente arquitetadas ou com depósitos improvisados. O despejo do esgoto nas fossas, mesmo que nas sépticas - aquelas que contam com sistema de filtração antes de lançar o líquido orgânico no solo -, contamina os lençóis subterrâneos de água. Apesar de inegável, no entanto, esse fato não chega a preocupar os ambientalistas da cidade. O problema, embora existente, teria uma ocorrência mínima, insuficiente para causar impactos ecológicos irreversíveis.

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