Consultas sobre direitos e reclamações contra a Telefonica e a CPFL lideram o ranking no município
Jaú - O Procon de Jaú, órgão de proteção e defesa do consumidor vinculado à Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, realizou 1.734 a primeira quinzena de atendimentos entre janeiro e outubro deste ano. Desse total, 1.183 foram consultas e 551 reclamações. Estes dados mostram que o número de atendimentos aumentou 58% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 1.096 pessoas procuraram o órgão.
De acordo com levantamento do Procon, as maiores queixas têm sido contra a empresa Telefonica, com 252 queixas, representando 45,7% do total de reclamações. A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), aparece em seguida, com 51 reclamações (9%). Os demais casos, comumente, dizem respeito a assinatura de jornais, prestadoras de serviços e eletrodomésticos com defeito.
Do total de consultas, nove referiam-se a questões ligadas à saúde, 13 abordavam alimentos, 97 tratavam de habitação, 205 eram sobre agentes financeiros, 237 foram dúvidas sobre produtos e 622 referiam-se a serviços. De acordo com o chefe de seção do Procon, Luiz Carlos Bassotto, os motivos de reclamação contra a Telefonica são variados, mas, normalmente, dizem respeito a cobranças indevidas, quantidade excessiva de pulsos e ligações não realizadas. Pulso ou impulso é a unidade de medida relacionada ao tempo de chamada telefônica. Um pulso varia de zero a quatro minutos, dependendo do horário em que a chamada é realizada.
Bassoto atribui o crescimento das consultas e reclamações à facilidade na obtenção de novas linhas e à conscientização dos consumidores sobre seus direitos. A orientação do Procon, nos casos em que as queixas recaiam sobre a Telefonica, é a de que o consumidor leve até o órgão as seis últimas contas telefônicas para que seja feita a média de consumo. Diante disso, é pedida uma verificação de linha e procura-se um acordo com a empresa.
Já as reclamações contra a CPFL, ainda segundo Bassotto, diminuíram bastante depois que a empresa abriu um posto de atendimento na Avenida Paulista, 475. A CPFL concentrava o atendimento aos consumidores em Campinas, o que dificultava o acesso a informações, avaliou. Depois que abriram esse posto em Jaú, os consumidores passaram a reclamar diretamente lá e só quando não conseguem uma solução é que nos procuram, ressaltou.
O Procon atende às mais diversas consultas e reclamações, orientando os reclamantes em conformidade com o Código de Defesa do Consumidor. Segundo Bassotto, quem se sentir lesado, seja na compra de algum produto com defeito, aumento de aluguel injustificado ou com prestadora de serviços, deve buscar seus direitos. Se a queixa for procedente, o órgão envia um comunicado para a empresa reclamada, pedindo que o problema seja resolvido no prazo máximo de dez dias.
Se a questão não for solucionada, a reclamação é enviada ao Tribunal de Pequenas Causas, ou para a Justiça comum e Ministério Público, conforme o caso. Temos conseguido resolver, amigavelmente, 90% das reclamações; só 10% vão parar na Justiça, atesta Bassotto.
Serviço
O Procon de Jaú funciona das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas, na Prefeitura Municipal. Informações também podem ser obtidas pelo telefone (14) 620-1744.