No dia da agressão a Elias de Almeida Filho, o Centro Cultural contava com quatro seguranças. A afirmação é do secretário municipal de Cultura, Sérgio Losnak.
Os seguranças chegaram a agir, tirando um berimbau da mão de um dos agressores e o tumulto dentro do Centro Cultural cessou. Alguns funcionários também chegaram a atender um deles, que estava com uma irmã, diz Losnak.
O secretário estava viajando no dia da briga, mas foi avisado pelos funcionários sobre a confusão. Losnak só não sabia que as agressões continuaram fora do Centro Cultural, resultando na internação hospitalar de Elias e na ameaça de morte a E. J. S. C..
Em dois anos de Projeto Arena (por meio do qual foi realizado o show), nunca havíamos registrado nenhuma briga. Esta foi a primeira e, infelizmente, teremos que rever o projeto, avalia.
O Projeto Arena tem edições mensais, nas quais se apresentam bandas formadas por jovens bauruenses. O objetivo do projeto é dar espaço para a divulgação de bandas iniciantes, proporcionando opção cultural para a juventude da cidade.
Não quero acabar com o projeto, porque entendo que a ação de uma minoria não pode prejudicar uma maioria, que quer se expressar de maneira criativa. Penso, também, que não conseguiríamos evitar a briga, que me parece ter sido premeditada, analisa.
Na opinião de Losnak, os seguranças agiram corretamente. Além de evitar briga, os funcionários têm a tarefa de impedir a entrada de bebidas alcoólicas - cujo consumo é proibido no interior do Centro Cultural -, como fizeram na quinta-feira.
Além do fim do Projeto Arena, Losnak teme pelo próprio futuro do Centro Cultural. Me preocupa a possibilidade de se criar um estigma em torno do Centro Cultural. Já é tão difícil trazer os jovens para atividades culturais, com esse estigma pode ser pior ainda, diz.
Por essa razão, o secretário pede à população de Bauru que não faça generalizações em torno do Centro Cultural. Desenvolvemos dezenas de atividades mensais e nunca havíamos registrado brigas no local. Muita gente se diverte por lá e tem oportunidades de conhecer coisas novas, o que não queremos é que o local se transforme numa praça de guerra, salienta.