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Presídio semi-aberto tem 650 hectares

Ieda Rodrigues
| Tempo de leitura: 2 min

O IPA de Bauru tem 650 hectares, onde são plantadas verduras e legumes, numa produção mensal de seis mil quilos de alimentos, segundo Gilberto de Assis Oliveira, diretor da unidade. A produção é utilizada para consumo dos reeducandos e o excedente é doado a entidades filantrópicas.

A criação de gado, com 430 cabeças, é voltada para a produção de leite, que é consumido pelos internos e também por entidades. A criação suína, com 250 animais, é destinada para o fornecimento da carne para o próprio IPA. O prédio onde funcionam os alojamentos e a administração foi construído em 1942 e, inicialmente, abrigou uma escola agrícola.

Ainda funcionam no presídio uma padaria, uma lavanderia, uma cozinha e uma fábrica de ração. São os próprios reeducandos que cuidam das plantações, dos animais, da cozinha e da lavanderia, o que aumenta a chance de terem acesso a materiais que podem ser transformados em armas e de abandonaram o presídio.

São transferidos para o IPA os sentenciados que estão na fase final do cumprimento da pena. Por isso, a maioria não quer envolver-se em crimes, segundo Oliveira. Pelo fato do tempo da pena a cumprir no IPA ser curto, em média dez meses, a rotatividade é muito alta.

Ele lembrou que dos mais de 600 reeducandos que estavam no presídio quanto ele assumiu a direção do IPA, em maio do ano passado, menos de dez continuam. Como recreação e lazer, o IPA tem um teatro para uso dos reeducandos, onde, semanalmente, são apresentado filmes.

O local também é usado para ensaios do grupo de teatro formado por reeducandos do IPA, que tem feito apresentações em vários locais da cidade. Outra atividade realizada no presídio visando a ressocialização dos reeducandos são eventos religiosos. Tanto a Igreja Católica quanto a Igreja Evangélica realiza atividades semanais no presídio.

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