Informações preliminares do IML passadas ao 1.º DP são de que a vítima sofreu 25 perfurações por todo o corpo.
O corpo encontrado enterrado anteontem em uma oficina do Instituto Penal Agrícola (IPA) de Bauru tem sinais de muitas facadas. O Instituto Médico Legal (IML) ainda não divulgou o laudo da necrópsia, mas as informações preliminares passadas ao 1.º Distrito Policial, que investiga a morte, dão conta de aproximadamente 25 perfurações, feitas por arma branca, por todo o corpo.
Como o JC publicou na edição de ontem, o corpo, provavelmente de um reeducando, estava enterrado sob uma camada grossa de cimento e foi encontrado após a direção do IPA receber uma denúncia anônima. O cadáver estava em adiantado estado de decomposição, o que inviabilizou a identificação imediata da pessoa morta.
De acordo com dados preliminares do IML, a pessoa deve ter sido morta há pouco mais de duas semanas. A vítima, antes de ser enterrada, foi degolada. A cabeça estava dentro de um saco, mais na superfície. Para retirar o restante do corpo, enterrado de cabeça para baixo, foi preciso cavar cerca de 1,5 metro.
O desaparecimento da pessoa morta não levantou suspeitas na direção do IPA porque, por mês, em média, oito reeducandos abandonam o presídio de regime semi-aberto. O delegado Dinair José da Silva, do 1.º DP, disse que vai solicitar à direção do IPA a listagem dos reeducandos que abandonaram o presídio nos últimos meses para tentar identificar o corpo.
Silva contou que, apesar do estágio avançado de decomposição, o corpo foi fotografado e foram coletadas as impressões digitais, que serão enviadas ao Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt, em São Paulo, para compará-las ao cadastro do órgão, que expede RG no Estado.
Se através da listagem fornecida pelo IPA, das fotografias e da comparação das impressões digitais não for possível identificar a pessoa morta, a Polícia Civil ainda pode solicitar a realização de exame de DNA. O delegado contou que, para isso, foram coletadas amostras do cabelo da pessoa morta. O inquérito policial, instaurado no 1.º DP, visa esclarecer as circunstâncias e a autoria da morte.