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Suspeita está sendo apurada pela Corregedoria da Polícia

Rita de Cássia Cornélio
| Tempo de leitura: 2 min

A partir da denúncia contra o carcereiro Fernando César Rodrigues, o caso passou a ser apurado pela Corregedoria da Delegacia Seccional de Bauru. Segundo o delegado Seccional, Antônio Ângelo Ciocca, será pedido a quebra do sigilo telefônico e bancário de Rodrigues para tentar apurar a participação ou não dele na fuga.

Ciocca ressalta que o caso está sendo tratado com muito rigor. Ontem foram ouvidas três pessoas, que confirmaram as informações do ex-presidiário quanto à vinda antecipada a Bauru do grupo para fazer o resgate. As investigações continuam. Queremos saber se o carcereiro teve participação em outros esquemas, uma vez que já foi refém de presos, durante a última rebelião, disse.

Ciocca esclarece que o carcereiro está preso provisoriamente. Solicitamos a prisão do carcereiro para segurança dele em relação à quadrilha e segurança nossa, em relação ao envolvimento dele, disse. Ontem, de acordo com o delegado, foi feita a reconstituição das versões de Rodrigues e do agente policial, Jaime Rosa da Silva, que também trabalhava no Cadeião na madrugada que ocorreu a fuga dos presos.

A reconstituição, de acordo com Ciocca, mostrou que as versões dos dois divergem-se. As pedras do quebra-cabeça não se encaixam, disse. Outro aspecto considerado na investigação da participação ou não de Rodrigues na fuga é seu comportamento. Ele estava muito nervoso. Ele não estava convicto do que dizia, disse Ciocca.

Pelo que a polícia descobriu, o carcereiro teria recebido parte dos R$ 15 mil, na última sexta-feira. O dinheiro teria sido depositado em sua conta bancária. O restante seria depositado após a fuga do chefe da quadrilha. Se ficar confirmada a participação de Rodrigues no resgate de presos, ele poderá ser demitido. Demos início ao processo administrativo disciplinar. Ele vai responder pelo crime de concussão, por ter exigido vantagem indevida, por formação de quadrilha e por facilitar a fuga com o uso de arma, por ter colocado seu colega de trabalho em risco, explicou o delegado.

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