Os fenômenos naturais são facilitados pela ocorrência no ambiente e no cotidiano do educando. O seu ensino inicia-se por conteúdos baseado na percepção com a experiência prática. Segundo Vygostsky. Acredita-se que o trabalho do educador é permitir que o educando organize observações que fazem parte do seu dia-a-dia, ao longo da sua escolarização a formação de conceitos científicos.
Para que o processo seja transformador, faz-se necessário deixar que o educando fale sobre suas idéias, conte suas experiências, e vá aos poucos adquirindo uma atitude investigativa. O educador deixa de ser o dono do saber e passa a ser o mediador, que a partir do desenvolvimento de seu aluno, provocando avanços em seu conhecimento.
O livro didático é um dos recursos que o professor dispõe para planejar suas aulas, mas deve ser acrescido de pesquisa em jornais, revistas filmes, e ainda estudos do meio ambiente através de excursões: a lagos, sítios, Jardim Botânico, Horto Florestal, zoológico.
Os estudos do meio ambiente são excelentes recursos didáticos, uma vez que um só local permite várias observações. Para que seja proveitoso, é necessária uma preparação prévia dos alunos: localização em mapas ou esquemas do local a ser visitado, orientações sobre o clima, a paisagem a ser observada no local, observações sobre diferentes tipos de animais, as relações entre as plantas e animais com o ambiente, o abastecimento de água para o local, problemas de erosão, relações entre tipos de solo e a vegetação e outros mais.
Para a realização da excursão, faz-se necessário avisar previamente os educandos para o uso de bonés, calçados apropriados, roupas leves e protetoras, água potável. Além do recurso pedagógico, esses estudos são favoráveis para se desenvolver atitudes de solidariedade e de preservação do meio ambiente, sem depredá-lo ou sujá-lo. É importante que o aluno vá se percebendo como um integrante da natureza.
O educador deve continuar a explorar em sala de aula as observações com redações, é um ponto de partida para realizarem pesquisas e pequenos experimentos complentares e avaliarem o papel da intervenção do homem na natureza.
Percebe-se que o aluno se verá diante de problemas. Cabe ao professor, na medida dos objetivos selecionados, a condução dessas discussões, no sentido de garantir a construção do conhecimento.
O ensino de Geografia deve proporcionar ao aluno um diálogo permanente com o ambiente, que lhe permita desenvolver o conhecimento obtido através do senso comum e adquirir uma atitude investigativa que resista à aceitação de crenças, mitos, preconceitos, permitindo-lhe vivenciar uma experiência científica e interpretar e transformar o seu mundo.
(*) Rosemari Aparecida de Abreu - Pedagoga e Geógrafa