Geral

Em confiança

Leonardo de Brito
| Tempo de leitura: 5 min

FIM DO DRAMA

Após uma campanha sofrida e irregular, acabou o sofrimento para o Brasil, que precisou apenas de 45 minutos para fazer três gols, derrotar a Venezuela e se classificar para a Copa do Mundo de 2002. Houve brilhantismo da nossa Seleção apenas nos 45 minutos iniciais, mas foi uma vitória merecida. Afinal, o time brasileiro teve o domínio da partida desde o apito inicial, não deixando a Venezuela respirar, mesmo com uma armação equivocada que utilizava o zagueiro Edmilson como apoiador. A grande atuação de Edilson no primeiro tempo foi fundamental para desmantelar a defesa venezuelana. O jogador do Flamengo participou dos três primeiros gols da Seleção Brasileira e ainda infernizou a defesa adversária com grandes jogadas. A gente esperava ver um segundo tempo bom como o primeiro, o que não aconteceu, porque o time canarinho procurou administrar a vantagem e deixar o tempo passar. De qualquer forma, o final do jogo em São Luís transmitiu uma sensação de alívio para toda a torcida. Essa galera penou por dois anos até que a Seleção confirmasse sua tradição de ser a única no mundo que esteve presente em todas as Copas. Em 2002, no Japão e na Coréia do Sul, o Brasil também estará lá.

PROVOCAÇÕES

A vitória do Brasil sobre a Venezuela e a classificação não foram suficientes para que a imprensa argentina terminasse com as provocações sobre a Seleção Brasileira. O diário Olé, principal jornal esportivo do país, disse na edição de ontem, que seria melhor o Brasil nem ir ao Mundial, pois se atuar como jogou durante as Eliminatórias, a equipe será eliminada na primeira fase do torneio, mesmo que caia em um grupo com Tunísia, Senegal e Arábia Saudita, pontua a matéria. Com a manchete De nada. Nos vemos lá, o jornal - que mandou um correspondente para São Luís do Maranhão - conta que o árbitro da partida [o argentino Daniel Gimenez] ajudou na classificação da Seleção ao não marcar uma falta a favor da Venezuela no lance que resultou no primeiro gol brasileiro. Para o Olé, o Brasil deveria aproveitar os seis meses que faltam para a Copa para preparar um bom time, com a recuperação de Ronaldo e dois meias defensivos que tenham um mínimo de critério. Mas, como se pode ler no fim da reportagem isso hoje parece uma utopia.

VERDÃO FAZ A SENA

Parecia que a seqüência de derrotas do Palmeiras no Brasileirão chegaria ao fim. Parecia que a defesa do Verdão, a pior da história do time em Campeonatos Brasileiros, tinha se acertado. Parecia que Sérgio, Pedrinho, Muñoz e companhia tinham reencontrado o bom futebol das primeiras rodadas da competição. Parecia que Márcio Araújo iria conseguir a primeira vitória desde que assumiu o comando da equipe. Mas tudo isso foi só a primeira impressão e ela não ficou até o final do jogo. O Palmeiras perdeu para o Atlético-MG por 2 a 1, completou a sena (seis derrotas consecutivas) e, pela primeira vez desde o início da competição, deixou a zona de classificação. O Verdão caiu para a 11ª colocação e terá que vencer seus três últimos jogos para ficar entre os oito que passam para a segunda fase do Brasileirão. Já o Galo, com a difícil vitória no Mineirão, garantiu sua classificação para a próxima fase.

TRICOLOR AFUNDA FLA

O Flamengo manteve a rotina de derrotas no Campeonato Brasileiro. O rebaixamento do milionário elenco da Gávea para a Série B - caso o regulamento seja respeitado - é iminente. No dia do seu aniversário, o Rubro-Negro deu um amargo presente para a sua torcida. O São Paulo agradeceu e, mesmo abusando das jogadas de efeito, venceu por 3 a 1, no Morumbi, aproximando-se da classificação para as quartas-de-final da competição, agora com 40 pontos. Um gol legítimo de França ainda foi anulado. O Flamengo tem 17 pontos a menos, na zona de rebaixamento.

SANTOS DECEPCIONA

Cabralzinho não conseguiu dar um padrão tático ao Santo, que sofreu uma dura derrota no caminho da classificação. Com a goleada de 3 a 0 para o Internacional, as chances do Peixe diminuem ainda mais. Segundo as emissoras de rádio e agências de notícias, o Inter jogou muito bem e mereceu a vitória. O time de Parreira foi ofensivo e bem posicionado.

SAINDO DO SUFOCO

O Corinthians jogou bem, venceu o Botafogo por 4 a 2, chegou aos 30 pontos e afastou-se da zona de rebaixamento. Já o Fogão segue com 26 pontos e permanece lutando para livrar-se da queda para a Segundona. Uma vitória ontem à tarde era imprescindível para botafoguenses e corintianos chegarem às últimas rodadas do Brasileirão sem o fantasma do rebaixamento por perto. O Timão foi mais feliz e fez a festa em Taquatinga.

FUTEBOL DE VOLTA

Com a chegada nos últimos dias das tropas da Aliança do Norte às principais cidades do Afeganistão, anteriormente controladas pelos talibãs, a população do país voltou a desfrutar de alguns costumes que estavam proibídos pela milícia de Osama Bin Laden. Além da permissão aos homens para fazerem a barba e às mulheres de não usarem a burka (uma espécie de véu que cobre todo o corpo) e frequentarem escolas, o povo afegão pode voltar a ouvir música, frequentar os cinemas, teatros e jogar futebol. Ontem no estádio de Cabul, usado pelo talibã para execução de prisioneiros políticos e religiosos, populares disputaram animadas partidas acompanhadas por uma numerosa torcida, que desde 1996 não tinha direito a este tipo de divertimento.

DEU PRO GASTO

O Noroeste não fez uma exibição de gala, mas não decepcionou. Embora tenha atuado pelo menos 50 minutos com um homem a mais, o empate de 1 a 1 no tempo normnal chegou a ser injusto para o Norusca, que dominou e mandou duas bolas na trave. Deu pro gasto e a torcida até que gostou do time. Afinal, há duas semanas o Noroeste era o lanterna, e agora está firme na luta direta pela classificação na Copa Interior.

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