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Simulação mostra Exército preciso

Adilson Camargo
| Tempo de leitura: 2 min

Cerca de 600 homens, entre oficiais e soldados, estiveram por dez dias em Cafelândia simulando situações de conflito.

Cafelândia - Tanques de guerra, helicópteros do Exército, dezenas de viaturas com tropas uniformizadas e armadas com fuzis, chegando por rodovia, ferrovia e pelo ar. Aos mais desavisados, esse cenário poderia ser confundido facilmente com uma operação de busca ao saudita Osama bin Laden e sua rede terrorista, a Al Qaeda, acusados pelos atentados de 11 de setembro contra as torres do World Trade Center e o Pentágono.

Na verdade, toda movimentação das tropas do Exército brasileiro, que quebrou a tranqüilidade das ruas pacatas de Cafelândia, durante os últimos dez dias, era apenas um treinamento de rotina para formar soldados e oficiais da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme).

Dentre o vasto armamento militar que foi deslocado para a região encontram-se dois Leopards - os mais sofisticados tanques de combate que o Exército possui atualmente.

Em dez dias, a tropa formada por cerca de 600 homens treinou táticas de invasão e tomada de terreno, sempre trabalhando com a hipótese de um ataque inimigo. Enquanto soldados da 11ª Brigada de Infantaria Blindada (BIB) treinavam o ataque, aspirantes a oficiais da Eceme aprendiam, na prática, como comandar a tropa.

Os oficiais formados pela Eceme, com sede na cidade do Rio de Janeiro, têm como uma das funções básicas dentro do Exército assessorar os oficiais-generais.

Para formar esses oficiais, a Eceme precisa reunir meios para que os alunos possam ver na prática aquilo que eles aprenderam em sala de aula, explicou o tenente-coronel Elder Freire Silveira Filho. Para providenciar tais meios, a Eceme geralmente pede o apoio da Brigada, que é quem forma anualmente os soldados que vão ao campo de batalha, numa eventual guerra.

Durante todo o ano, os soldados passam por instruções militares e, nos meses finais, ele passa por um treinamento de formação, também chamado de adestramento, que é exatamente o que foi feito na semana passada em Cafelândia.

Então, coincidiu da Eceme precisar mostrar aos seus alunos (aspirantes a oficiais) a prática daquilo que eles aprendem teoricamente em sala de aula, com a nossa necessidade de adestrar os soldados, disse o tenente-coronel.

Diante dessa coincidência, ambos se viram diante da necessidade de um local para treinamentos de guerra. Foi aí que Cafelândia entrou na história. Para chegar até a cidade, o Exército precisou usar seu poder de mobilização. Uma parte do armamento foi transportado por ferrovias, outra por rodovia e também pelo ar, com o deslocamento de vários helicópteros.

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