Geral

Homens têm nova "pílula da felicidade"

Gilmar Dias
| Tempo de leitura: 3 min

Depois da revolução proporcionada pelo Viagra, farmácias já comercializam o Uprima, que tem efeito quase imediato.

A impotência masculina acaba de sofrer mais um contra-ataque de sucesso. Depois de três anos de domínio absoluto do Viagra, começa a chegar às prateleiras das farmácias o Uprima, a nova pílula da felicidade masculina, para disputar um mercado potencial calculado em cerca de oito milhões de brasileiros.

Sua atuação é diferenciada do concorrente, inclusive no efeito: o resultado desponta em cerca de 15 minutos e pode durar até seis horas.

Fabricado pelo laboratório Abbott, o Uprima vai atingir a uma camada de brasileiros privilegiada devido ao seu preço. Uma caixinha com quatro comprimidos não sai por menos de R$ 84,00. O Viagra custa, em média, R$ 74,00 com caixa contendo o mesmo número de comprimidos.

Segundo o médico urologista Enidélcio de Jesus Sartori, as duas pílulas da felicidade atuam em locais diferentes do corpo humano. O Viagra atua perifericamente, fazendo uma vasodilatação e aumentando o fluxo de sangue para o pênis. Já o Uprima atua no sistema nervoso central, favorecendo os mecanismos fisiológicos da ereção, explica.

Ele diz que, em termos práticos, o novo medicamento tem eficácia, em percentual, parecido com o do Viagra. Em cerca de 60% a 70% dos casos ele responde bem. A forma de utilização é diferenciada.

O Viagra é via oral. É preciso engoli-lo. Vai ser dissolvido no estômago, intestino, onde será absorvido para depois ter sua ação, após uma hora. Já o Uprima é colocado debaixo da língua e é absorvido pela mucosa bucal. Entre dez e 20 minutos surte o efeito.

Vantagem

Sartori acredita que o novo medicamento apresenta algumas vantagens em relação ao Viagra. A rapidez é uma delas. Os pacientes que têm problema cardiológico e que utilizam vasodilatadores coronarianos não podem usar o Viagra. No Uprima, não há essa contraindicação, destaca.

Os efeitos colaterais provocado pelo uso dos dois medicamentos também são diferentes. O Viagra pode provocar o enrubescimento da face e um certo daltonismo (incapacidade de ver certas cores ou troca delas). Já o Uprima pode causar náuseas, tonturas e dor-de-cabeça, mas com pouca intensidade.

Foi relatado um número muito pequeno de efeitos colaterais no uso do Uprima. A princípio, são efeitos de menor intensidade e freqüência, segundo os trabalhos apresentados pelo laboratório. A nova pílula da felicidade masculina está no mercado brasileiro há pouco mais de um mês.

Ainda é um tempo pequeno para que os urologistas que tratam de disfunção erétil tenham condição de ter uma observação mais detalhada em sua ação. Mas é uma opção a mais, comenta.

Os dois comprimidos diferem até no formato. O Viagra apresenta-se em forma de losango azul e é um pouco maior que o concorrente, um pentágono vermelho. Tanto um como o outro só devem ser usados com prescrição médica.

Muitos casos de disfunção erética têm outras causas. Podem ser hormonais, psicológicas ou psicogênicas. Nem todos os pacientes têm indicação para tomar Viagra e Uprima, alerta.

O médico dá boas notícias aos homens que são vítimas de impotência. Os laboratórios de todo o mundo estão se aprofundando nas pesquisas e, em breve, novas drogas - além das duas já conhecidas - vão surgir no mercado.

O Laboratório Lille está em vias de lançar uma medicação semelhante ao Viagra, a partir de mudanças químicas na molécula do denafil. Em breve, no máximo em um ano, teremos mais novidades no mercado de medicações orais para disfunção sexual, diz, otimista.

Comentários

Comentários