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Sabino bicampeão no Mundial Militar

David Cintra
| Tempo de leitura: 3 min

Equipe brasileira ficou em quinto lugar, mas judoca bauruense trouxe o ouro mais uma vez.

Mário Sabino Jr. mostrou novamente porque é titular da seleção brasileira e um dos judocas mais respeitados no País.

O bauruense, soldado PM, conquistou a medalha de ouro pelo segundo ano consecutivo no Campeonato Mundial das Forças Armadas, disputado de 22 a 28 de novembro em Ostia, na Itália. A equipe brasileira acabou a competição em quinto lugar na classificação geral. No entanto, esta colocação poderia ter sido bem melhor, caso o Brasil contasse com uma equipe feminina mais forte. Isto porque se fossem considerados apenas os resultados do masculino, o Brasil teria ficado com o vice-campeonato. A Rússia ficou com o título, a China foi vice, a Itália ficou em terceiro e a Holanda em quarto.

Além da medalha de ouro de Sabino, a equipe brasileira conquistou uma prata com Daniel Hernandez e dois bronzes, com Marcelo Aragão e Daniel Garcez. A melhor colocação no feminino foi de Silvana Nagai, um quinto lugar. Segundo Mário Sabino, para o próximo ano o Brasil deve contar com uma equipe feminina mais numerosa e melhor preparada.

Para chegar ao ouro, Sabino venceu quatro lutas. Primeiro eliminou o italiano Ignazio Capezzuto. No segundo combate passou pelo belga Cremers Roy e, na terceira luta, bateu o austríaco Patrick Rush. Na final, Sabino venceu o húngaro Gyogy Kosztolancizy.

Para Sabino, a participação brasileira foi positiva. "Apesar de termos sido campeões no ano passado e este ano ficado em quinto, a participação brasileira foi muito boa. Isto porque o ano passado eram 15 países e este ano 21. Além disso todos levaram equipes completas, o que não aconteceu em 2000. Mas valeu a pena, porque o Brasil está entre os dez primeiros no mundo", analisa.

ANO BOM - Mário Sabino não luta mais este ano. "Agora vou descansar. Foi um ano muito bom, no qual venci quase todas as competições que participei, apesar de ter passado por duas contusões sérias. A primeira, uma fratura no pé direito, que me deixou oito semanas parado e prejudicou minha participação no Mundial (da Alemanha). Este era um campeonato no qual eu esperava mais. Fiquei em nono lugar e meu consolo é que os dois adversáros que me venceram acabaram no pódio. Depois tive uma lesão na cartilagem externa da costela, que me tirou por 21 dias dos treinos. Mas me recuperei e acabei bem o ano", revela.

E quando diz que foi bem, Sabino não está brincando. Em 2001, o judoca bauruense conquistou o Campeonato Paulista, o Estadual de Polícias e Bombeiros, os Jogos Abertos do Interior (individual e por equipe), o Campeonato Brasileiro, o Nacional de Polícias e Bombeiros e o Torneio Benemérito do Brasil (por equipe).

Sabino faz questão de agradecer a todos que o apoiaram neste ano positivo, como a Academia Marathon, o ortopedista Marcelo Torquato, a fisioterapeuta Viviane e seu novo patrocinador a Eadi-Cipagem. Este último, um patrocínio viabilizado pelo presidente da empresa Wilson Souto. "Ficamos sabendo que o Sabino havia perdido o patrocínio anterior e resolvemos investir nele, porque hoje ele é um dos grandes nomes do judô brasileiro e é bauruense", declara o empresário.

PLANOS - Mário Sabino vai descansar o corpo, mas já está com a mente no próximo ano. "Primeiro eu tenho que me manter como titular da seleção, para poder participar do Circuito Europeu, em fevereiro, quando o Brasil disputará os Abertos da França, Áustria e Alemanha. Lá estarão os melhores judocas do mundo. Depois pretendo ir à Copa do Mundo e aos Jogos Sul-Americanos, que são competições que contam pontos para classificação às Olimpíadas. Eu quero participar mais uma vez dos Jogos Olímpicos e tentar uma medalha. Este é um sonho de todo atleta", afirma o judoca. Com tantos títulos, Sabino diz que não está rico, mas satisfeito com o que conseguiu. "Dá para viver e sobra um pouco", revela.

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