O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) promoverá, amanhã, às 19 horas, a palestra Inteligência empresarial e gestão do conhecimento, que vai apresentar as diretrizes do curso da área que a instituição lança em 2002.
Os palestrantes são Marcos Cavalcanti, PhD em informática pela Universidade de Paris e professor das áreas de inovação tecnológica e organização industrial do programa de engenharia de produção da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Elisabeth Braz Gomes, doutoranda em engenharia de produção pela UFRJ e assessora técnica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Eles são membros do Centro de Referência em Inteligência Empresarial (Crie), ligado à Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe), da UFRJ.
A gestão do conhecimento exige o desenvolvimento de um conjunto integrado de ações para identificar e gerenciar valores constituídos por informações dentro de uma organização, sejam elas provenientes de banco de dados, documentos ou da experiência de seus funcionários. O objetivo é estabelecer vantagens na competição pelo mercado, aumentando o grau de inovação na empresa, o tempo de resposta, a competência e a eficiência.
Neste contexto, os ativos de conhecimento representam o domínio de informações sobre produtos, mercados e tecnologias que permitem a uma organização obter clientes e gerar lucro. A gestão destes ativos implica em desenvolver processos corporativos para estimular o aperfeiçoamento das informações, além de sua preservação, multiplicação e compartilhamento.
O curso que será lançado pelo Senac em Bauru é de nível lato sensu e reconhecido pelo Ministério da Educação. As aulas serão dadas por professores da Coppe e do Instituto de Economia da UFRJ. A criação do programa, conhecido como Master on Business and Knowledge Management (MBKM), está ligada à identificação de oportunidades no mercado de trabalho para os profissionais do setor. Pesquisa realizada pelo Crie em 2000 entre grandes empresas da região Sudeste revelou que elas pretendiam investir, entre 2001 e 2003, cerca de 4,5% de sua receita em gestão do conhecimento. Como o faturamento das 100 maiores empresas da região, em 1999, foi de R$ 400 bilhões, o mercado de gestão do conhecimento é estimado pelo Crie em R$ 18 bilhões por ano.
Cavalcanti diz que a proposta do programa está sintonizada às necessidades da administração empresarial na atualidade. Muitas empresas e governos ainda se dedicam a gerenciar os fatores tradicionais de produção: energia, capital e mão-de-obra, analisa. Mas hoje o fator crítico que precisa ser gerenciado é o conhecimento. O principal foco do curso é discutir como agregar valor aos produtos e serviços a partir do conhecimento das organizações.
O curso é composto por sete módulos, dados durante 12 meses, em 360 horas de aulas: Sociedade do Conhecimento, Novos Modelos de Negócios, Inteligência Empresarial, Estruturas Organizacionais, Tecnologias para Gestão do Conhecimento, Avaliação de Ativos Intangíveis e Tópicos Especiais ao Projeto Final do Curso.
Serviço
A participação na palestra é gratuita. Informações e inscrições no Senac, que fica na avenida Nações Unidas, 10-22, telefone (14) 227-0702.