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FIM DO MUNDO?

Antonio Pedroso Júnior
| Tempo de leitura: 1 min

Já ouvi de tudo nesta minha passagem por este mundo. De pessoas que visitam cadeias, presídios, hospitais, creches, oferecendo apoio material e espiritual aos necessitados e em contrapartida abandonam a própria mãe em asilos ou aos cuidados de pessoas despreparadas. Entretanto, esta história que vou contar cheira o teatro do absurdo, o teatro da vida real.

Em Sorocaba, São Paulo, um cidadão sofreu forte descarga elétrica vindo a perder as pernas e braços, além de outras seqüelas. Isto em 1993 e até hoje este cidadão não conseguiu resolver sua situação e muito menos receber indenização, mesmo tendo sofrido este triste acidente em hora de serviço. Andava se arrastando pelas ruas, em estado deplorável para um trabalhador acidentado. Uma empresa especializada, sensibilizada com a situação deste cidadão, doou duas próteses para que este pudesse voltar a caminhar.

Belo gesto de solidariedade, sem sombra de dúvidas. Sem receber o que lhe é devido por lei, o cidadão começou a beber de forma desenfreada, desgostoso com a vida e com a lerdeza para ver seus direitos reconhecidos. Muito bem! Tomou um foguete e dormiu em um ponto de ônibus. Ao acordar, a surpresa. Roubaram suas pernas! Eta mundo velho sem porteiras e eu achando que só chinelo de bêbado é que não tinha dono! (Antonio Pedroso Júnior - pedrosojr@chineloneles.com.br)

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